Recentemente, eu estava relendo 2 livros sobre o ateísmo:
1. "O Delírio de Dawkins - uma resposta ao fundamentalismo ateísta de Richard Dawkins", de Alister McGrath e Joanna McGrath (editora Mundo Cristão, 2007).
2. "Um Ateu Garante: Deus Existe - as provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada", de Antony Flew (editora Ediouro, 2008).
Este segundo é o que mais gostei, pois o Dr. Flew (cujo pai era pastor na Inglaterra) faz uma abordagem extremamente sólida sobre o que o levou a mudar de opinião, depois de várias décadas sem acreditar na existência de Deus.
Algumas declarações que mais me chamaram a atenção:
"[Na pré-adolescência] nunca li nada de literatura religiosa com o mesmo entusiasmo com que lia livros sobre política, história, ciências ou quase todos os outros assuntos. Ir à capela ou à igreja, recitar orações e praticar outros atos religiosos eram, para mim, quase apenas deveres cansativos. Nunca senti o mais leve desejo de me comunicar com Deus" - pág. 30.
"Uma das razões para minha conversão ao ateísmo foi o problema do mal. (...) Tais experiências [relacionadas ao antissemitismo e nazismo] desenharam o cenário de minha juventude, e, para mim, assim como para muitos outros, apresentaram um desafio inevitável a respeito da existência de um todo-poderoso Deus de amor" - pág. 32-33.
"À época em que cheguei [ao último ano do Ensino Médio] eu discutia com colegas mais adiantados, argumentando que a ideia de um Deus onipotente, e ao mesmo tempo perfeitamente bom, era incompatível com o mal e as imperfeições do mundo" - pág. 34.
Observe que as declarações que o Dr. Flew faz sobre sua progressiva aproximação do ateísmo demonstram a experiência de alguém que, a princípio, acreditava em Deus, mas que foi levado à descrença por culpa do próprio sistema religioso ao qual ele estava envolvido.
Uma religião fria e formal, sem uma experiência pessoal e verdadeira com a Pessoa da Salvação - Jesus - foi determinante para transformar este filho de pastor em um dos mais eloquentes defensores do ateísmo nas últimas décadas.
Com isso aprendemos o quanto é importante que a nossa forma de adoração a Deus, e a nossa "fé prática" (como vivemos a religião no dia-a-dia), sejam uma expressão verdadeira dos princípios do Cristianismo que professamos seguir: amor a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo, como a nós mesmos. Isso envolve colocar Deus em primeiro lugar, em tudo, sobre toda e qualquer ideologia, prática, política, etc.... e tratarmos ao nosso semelhante da mesma forma como gostaríamos de sermos tratados por ele.
Em seu livro, o Dr. Flew ainda cita uma pesquisa realizada pelo Barna Group (um dos mais importantes institutos de estatísticas sobre o Cristianismo no mundo), a qual aponta que "aquilo que acreditamos quando temos 13 anos de idade, será no que acreditaremos ao morrer" (pág. 31).
Aproveito para fazer algumas perguntas:
"Em quê creem os juvenis e adolescentes de sua igreja?"
"Eles têm uma experiência viva e pessoal com o Senhor Jesus Cristo?"
"Ou sua 'religião' não tem passado de mero formalismo nas manhãs de sábado?"
Talvez seja esta a razão de vermos tantos adolescentes abandonando a Igreja, mesmo aqueles que "nasceram" no Evangelho.
A "Conversão" do Ateu
Após tanto tempo de sua vida negando a existência de Deus, e defendendo as bases filosóficas do ateísmo, este "filho pródigo" retorna ao lar, e vive hoje a experiência de seus dias na "Casa do Pai".
Veja como ele encerra seu livro:
"Volto a dizer que minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente" (pág. 144).
Quem são, afinal, os verdadeiros ateus?
Lendo histórias como a de Antony Flew, e muitos outros que se autodenominam de "ateus", eu só reforço a minha crença de que não existe um ser humano que seja 100% ateu, pois em algum momento de suas vidas (mesmo que no último suspiro), todos se voltam para este Ser que Criou todas as coisas, inclusive a nós mesmos, e colocou na alma humana este "vazio" que somente Ele consegue preencher.
Para mim, os VERDADEIROS "ateus" encontram-se entre os que professam alguma fé cristã, mas não vivem à altura dessa fé.
Isso mesmo...
Eu considero muito mais "ateu", um Adventista que trata seu "irmão" com arrogância e desprezo; ou que oprime algum subordinado (quando investido em um cargo de liderança eclesiástica); ou ainda aquele "crente" que não pensa duas vezes antes de passar a perna em um colega de trabalho, se o resultado disso for ganhar alguma promoção.
Eu considero muito mais "ateu", aquele membro de Igreja que sai do templo no sábado pela manhã e já vai para casa criticando o que considerou errado na Escola Sabatina ou no Culto, e destas mesmas críticas faz o "prato principal" do almoço de sábado com sua família.
Eu penso que é muito mais "ateu", o líder de Igreja que posa de consagrado e zeloso diante da congregação, mas em casa é um terror para a esposa e/ou filhos.
Ateu, na minha opinião, é o pastor presidente de Campo que persegue um obreiro (seu "colega" de ministério), pelo fato deste não concordar com suas determinações político-administrativas.
Eu considero muito mais "ateu", o pastor que olha para as ovelhas apenas com o objetivo de que elas deem lã e multipliquem o rebanho (dízimo e fichas), mas que não se preocupa em visitá-las para saber como elas estão enfrentando a jornada rumo ao Céu.
Eu penso que "ateu" mesmo é aquele jovem que passa horas e horas na Internet vendo pornografias e youtubers famosinhos, mas se irrita em passar alguns minutos a mais no templo quando o pregador se prolonga no sermão.
Eu considero que "ateu" de verdade é o "crente" que se diz temperante e defensor da reforma de saúde, mas que não se ressente em deixar que a inveja, a avareza, o orgulho ou o egoísmo corroam seu coração.
Em alguns desse casos, eu me arriscaria a dizer que até mesmo o pecado imperdoável está sendo praticado, uma vez que tais pessoas, em sua hipocrisia, não permitem mais que o Espírito Santo lhes promova o arrependimento.
:::::::::::::::::::::::::::::
Se nós vivemos uma vida tão contraditória em relação à nossa fé, é porque, NA VERDADE, não cremos que Deus exista, e que Ele olhe para nós, e nos observe a todo instante.
ATEU, mesmo, é aquele que diz que é CRENTE, mas vive como se não cresse.
Com isso aprendemos o quanto é importante que a nossa forma de adoração a Deus, e a nossa "fé prática" (como vivemos a religião no dia-a-dia), sejam uma expressão verdadeira dos princípios do Cristianismo que professamos seguir: amor a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo, como a nós mesmos. Isso envolve colocar Deus em primeiro lugar, em tudo, sobre toda e qualquer ideologia, prática, política, etc.... e tratarmos ao nosso semelhante da mesma forma como gostaríamos de sermos tratados por ele.
Em seu livro, o Dr. Flew ainda cita uma pesquisa realizada pelo Barna Group (um dos mais importantes institutos de estatísticas sobre o Cristianismo no mundo), a qual aponta que "aquilo que acreditamos quando temos 13 anos de idade, será no que acreditaremos ao morrer" (pág. 31).
Aproveito para fazer algumas perguntas:
"Em quê creem os juvenis e adolescentes de sua igreja?"
"Eles têm uma experiência viva e pessoal com o Senhor Jesus Cristo?"
"Ou sua 'religião' não tem passado de mero formalismo nas manhãs de sábado?"
Talvez seja esta a razão de vermos tantos adolescentes abandonando a Igreja, mesmo aqueles que "nasceram" no Evangelho.
A "Conversão" do Ateu
Após tanto tempo de sua vida negando a existência de Deus, e defendendo as bases filosóficas do ateísmo, este "filho pródigo" retorna ao lar, e vive hoje a experiência de seus dias na "Casa do Pai".
Veja como ele encerra seu livro:
"Volto a dizer que minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente" (pág. 144).
Quem são, afinal, os verdadeiros ateus?
Lendo histórias como a de Antony Flew, e muitos outros que se autodenominam de "ateus", eu só reforço a minha crença de que não existe um ser humano que seja 100% ateu, pois em algum momento de suas vidas (mesmo que no último suspiro), todos se voltam para este Ser que Criou todas as coisas, inclusive a nós mesmos, e colocou na alma humana este "vazio" que somente Ele consegue preencher.
Para mim, os VERDADEIROS "ateus" encontram-se entre os que professam alguma fé cristã, mas não vivem à altura dessa fé.
Isso mesmo...
Eu considero muito mais "ateu", um Adventista que trata seu "irmão" com arrogância e desprezo; ou que oprime algum subordinado (quando investido em um cargo de liderança eclesiástica); ou ainda aquele "crente" que não pensa duas vezes antes de passar a perna em um colega de trabalho, se o resultado disso for ganhar alguma promoção.
Eu considero muito mais "ateu", aquele membro de Igreja que sai do templo no sábado pela manhã e já vai para casa criticando o que considerou errado na Escola Sabatina ou no Culto, e destas mesmas críticas faz o "prato principal" do almoço de sábado com sua família.
Eu penso que é muito mais "ateu", o líder de Igreja que posa de consagrado e zeloso diante da congregação, mas em casa é um terror para a esposa e/ou filhos.
Ateu, na minha opinião, é o pastor presidente de Campo que persegue um obreiro (seu "colega" de ministério), pelo fato deste não concordar com suas determinações político-administrativas.
Eu considero muito mais "ateu", o pastor que olha para as ovelhas apenas com o objetivo de que elas deem lã e multipliquem o rebanho (dízimo e fichas), mas que não se preocupa em visitá-las para saber como elas estão enfrentando a jornada rumo ao Céu.
Eu penso que "ateu" mesmo é aquele jovem que passa horas e horas na Internet vendo pornografias e youtubers famosinhos, mas se irrita em passar alguns minutos a mais no templo quando o pregador se prolonga no sermão.
Eu considero que "ateu" de verdade é o "crente" que se diz temperante e defensor da reforma de saúde, mas que não se ressente em deixar que a inveja, a avareza, o orgulho ou o egoísmo corroam seu coração.
Em alguns desse casos, eu me arriscaria a dizer que até mesmo o pecado imperdoável está sendo praticado, uma vez que tais pessoas, em sua hipocrisia, não permitem mais que o Espírito Santo lhes promova o arrependimento.
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Se nós vivemos uma vida tão contraditória em relação à nossa fé, é porque, NA VERDADE, não cremos que Deus exista, e que Ele olhe para nós, e nos observe a todo instante.
ATEU, mesmo, é aquele que diz que é CRENTE, mas vive como se não cresse.
"Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. (...) Mostra-me esta tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé" - Tiago 2:17-18.
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