A Música "Ecumênica"

Por incrível que possa parecer aos religiosos mais "tradicionais", esta foto ao lado é de um músico "gospel", ou como ele se auto-denomina: um "rokeiro de Jesus".

É interessante como a música tem a capacidade de unir os jovens através da "fé". Leia a matéria abaixo e depois vamos refletir sobre o tema... (fique atento aos textos que destaquei na matéria).


Fonte:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,AA1391019-5605,00.html

CRISTODANCE REÚNE EVANGÉLICOS E CATÓLICOS EM RAVE EM SP
Festa tem se tornado a balada do momento entre os cristãos. A idéia é misturar o ritmo techno com letras em louvor a Deus.

Um parque de diversões na Zona Oeste de São Paulo cedeu espaço para uma confraternização inusitada neste domingo (17/12/2006). Cerca de 7 mil evangélicos e católicos do movimento carismático se reuniram para louvar a Deus de uma forma diferente. Após enfrentarem uma maratona de mais de dez horas com 13 bandas de vários estilos musicais (pop, rock, rap, reagge... critãos), eles fecharam o dia com um programa que tem se tornado cada vez mais popular entre os seguidores dessas duas religiões.

A iluminação, a aparelhagem de som e o ritmo são os mesmos de outras festas raves. É nas letras.das músicas que está a diferença. Com frases como "este lugar vai tremer porque aqui se encontra o povo do Senhor", o electroCristo é a nova sensação entre adolescentes e jovens cristãos, e a Cristoteca ou Cristodance, a balada do momento.

"Sou cristotequeiro há dois anos. Toda sexta-feira vou a uma balada no Brás (Centro de São Paulo), na Casa da Aliança de Misericórdia. Começa às 19h, com a missa, e depois emenda até as 6h da manhã com muita tecneira", conta Leandro Nogueira Rocha, de 19 anos, técnico em enfermagem. Para Leandro, esse é o melhor tipo de festa. "Dá para se divertir e louvar a Deus. Essa daqui então, junto com os evangélicos, é a verdadeira festa dos cristãos", diz.

O auxiliar de som Gilberto Silva, de 25 anos, também é freqüentador assíduo de Cristotecas. Ele foi para a balada deste domingo com uma caravana de 86 amigos, todos de Capão Redondo, na Zona Sul da capital. "É muito legal, todo mundo se diverte", fala. E quem pensa que é só na dança e no som que os cristãos "barbarizam" está enganado. O visual também é moderno e transado com direito até a barriga de fora. "É tudo igual a uma festa normal, só que ainda mais legal", conta a estudante Stéphane Lourenço Amaral, 14 anos, carismática, vestida com miniblusa e calça modelo saint-tropez.

A Cristoteca também se tornou a balada do casal Angélica Ortis, 21 anos, e Ricardo Moraes, 28. Ela é cabeleireira e evangélica, ele é advogado e carismático. Se conheceram pela internet e começaram a namorar há dois meses. "Ele me apresentou à Cristoteca. Fiquei sem palavras. O Espírito Santo reina neste lugar", conta.

E a festa tem ainda o mérito de ser bem-vinda pelos pais. "Quando falo que vou para Cristodance, minha mãe nem se estressa. Vou sem problema", conta o estudante Cleyton Santos, de 17 anos. "Aqui é diversão pura porque ninguém se droga, ninguém está chapado. É 100% felicidade", conclui.”


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O que mais me chama a atenção em notícias como esta, é o fato de que há uma busca entre os jovens modernos por uma "espiritualidade". Os jovens não são tão céticos ou desinteressados em religião, como alguns líderes religiosos costumam pregar.

O que está equivocado nesta procura por um "encontro com Deus" é a FORMA como ela está se desenvolvendo. Ou seja, há uma busca, porém está sendo feita por um "caminho" errado.

Infelizmente, o caminho mais fácil e atraente sempre foi o preferido por aqueles que desejam um relacionamento com o Senhor. O próprio Jesus já havia falado sobre isso em vários momento (por exemplo, Mateus 7:13-14). E nesta busca por uma religião mais fácil e contextualizada, a música tem sido o fator principal de "conversão".

Como vimos na matéria acima, não há qualquer diferença entre a "balada" cristã e aquela dos jovens "do mundo". Tudo é feito com os mesmos moldes e propósitos - 100% felicidade. A diferença está na letra das músicas, como se apenas citar o nome de Jesus em um ambiente, fosse a garantia de que "o Espírito Santo reina neste lugar" (cf. Mateus 7:21-23).

Até mesmo nós, Adventistas do 7º Dia, que temos (?) um padrão de música admirado por muitos grupos cristãos, estamos correndo o risco de perder o foco mais importante em nossa adoração através da música. Vejo muitos cantores de nossa amada Igreja que se preocupam unicamente com o "dom" da voz. Ou seja, alguns parecem pensar que apenas por terem uma voz bonita e por cantarem músicas que falam de Deus, então sua "salvação está garantida".

Você já observou como alguns cantores e cantores (sejam solistas ou em grupo) só entram no templo na hora de se "apresentarem"? E nos outros momentos, onde não são o alvo das atenções, eles ficam do lado de fora conversando, ou fazem isto nos últimos bancos...

A música parece ter um poder especial, que leva as pessoas para mais próximo de Deus...

Só precisamos estar certos se este "enlevo" está sendo sendo real ou imaginário, e se o Senhor está mesmo sendo LOUVADO.

"Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" - Mateus 15:8

Comentários

Unknown disse…
Caro Gilson.
Concordo com o seu artigo, pois infelizmente estamos vendo entrar em nossa igreja, um tipo de música que se intitula de louvor a DEUS, mas que pouco se diferencia da música secular. Satanás falava de DEUS e falava com DEUS, mas não era de DEUS. Isto se aplica à música também. Tomemos cuidado.