Como eu costumo dizer, praticamente TODAS as acusações que são feitas contra os Adventistas e suas crenças já foram amplamente respondidas.
Por falta de interesse, má fé ou preconceito cego, alguns preferem ignorar esta realidade e continuar "batendo nas mesmas teclas" de sempre. A Revista Adventista, a Lição da Escola Sabatina, as publicações doutrinárias oficiais, os sites mantidos pela Organização, etc., estão abarrotados de esclarecimentos sobre os diversos pontos controversos da fé Adventista. Só não vê quem não quer...
Um dos já surrados questionamentos que vez ou outra retorna à baila é o que diz que Ellen White usou textos de outros autores para preparar suas obras, o que caracterizaria a prática de PLÁGIO por parte dela.
Até que ponto isto é verdade?
Vejamos o que pode ser facilmente encontrado no site oficial do Centro White aqui do Brasil (está vendo como praticamente TUDO já foi amplamente respondido?!)...
Ellen White frequentemente fazia uso de fontes literárias para comunicar suas mensagens. Na Introdução de um dos seus livros mais populares ela escreveu:
"Em alguns casos em que algum historiador agrupou os fatos de tal modo a proporcionar, em breve, uma visão compreensiva do assunto, ou resumiu convenientemente os pormenores, suas palavras foram citadas textualmente; nalguns outros casos, porém, não se nomeou o autor, visto como as transcrições não são feitas com o propósito de citar aquele escritor como autoridade, mas porque sua declaração provê uma apresentação do assunto, pronta e positiva. Narrando a experiência e perspectivas dos que levam avante a obra da Reforma em nosso próprio tempo, fez-se uso semelhante de suas obras publicadas" (O Grande Conflito, pp. 13 e 14).
O uso de outros autores por Ellen White não era limitado a material histórico ou geográfico, mas incluía outras áreas de conhecimento. As pesquisas verificaram que ela enriquecia seus escritos com expressões colhidas de suas leituras de maneira mais extensa do que se tinha conhecimento, embora o total que foi documentado até o momento é uma pequena porcentagem (menos de 2 por cento) quando comparado com sua produção literária total.
Em 1980 [ou seja, há mais de 30 anos a Igreja já respondia a estas acusações] o Dr. Fred Veltman , naquela época diretor do Departamento de Religião do Pacific Union College, empreendeu uma análise detalhada do uso de fontes literárias por Ellen White em seu livro O Desejado de Todas as Nações , um estudo que levou oito anos para ser completado. As cópias do relatório completo de 2.561 páginas foram distribuídas às bibliotecas das faculdades e universidades adventistas em todo o mundo. O relatório completo, incluindo seu sumário de 100 páginas, também está disponível on-line no website dos Arquivos da Associação Geral. Procure "Life of Christ Research Project" dentro de "Categories" no link http://archives.gc.adventist.org/ast/archives.
Os críticos acusaram Ellen White de plágio porque ela incluiu tais seleções de outros autores em seus escritos. Mas o mero uso da linguagem de outro não constitui roubo literário, como observou o advogado Vincent L. Ramik , especialista em casos envolvendo patente, marca registrada, e direitos autorais. Depois de pesquisar cerca de 1.000 casos sobre direitos autorais na história da justiça americana, Ramik escreveu um parecer legal de 27 páginas no qual ele concluiu que "Ellen White não foi uma plagiarista, e seus trabalhos não constituíram infração de direitos autorais/pirataria". Ramik salienta vários fatores que os críticos dos escritos de Ellen White deixaram de levar em consideração ao acusá-la de roubo ou fraude literária.
1) As citações escolhidas por ela "permaneceram dentro dos limites legais de 'uso legítimo'".
2) "Ellen White usou os escritos de outros; mas da maneira em que ela os usou, ela os tornou singularmente seus" - adaptando as citações a sua própria estrutura literária.
3) Ellen White insistia com seus leitores que adquirissem alguns dos próprios livros dos quais ela fez uso - demonstrando que ela não tentou ocultar o fato de ter usado fontes literárias, e que ela não teve intenção de defraudar ou suplantar as obras de qualquer outro autor.
Ellen White "não copiou por atacado nem indiscriminadamente. O que ela selecionou ou não selecionou, e como alterou o que selecionou" revela que ela usou fontes literárias para "ampliar ou declarar mais energicamente seus próprios temas transcendentes; ela foi mestra, e não escrava, de suas fontes" (Herbert E. Douglas, Mensageira do Senhor, p. 461).
Fonte: Centro White
Mais informações:
- Revista Adventista, Junho 1982
"... Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis" (2Crôn. 20:20).
Para mim, este é o maior argumento em favor do ministério de Ellen White, pois a partir do momento em que passaram a dar "crença" ao seus escritos, a Igreja prosperou assustadoramente, e os que dão ouvidos às divinas orientações também prosperam!
Comentários
Isso não significa que só posto os comentários que me são favoráveis, e quem acompanha desde o início o blog sabe disso. Mas não posso servir de "intermediário" para semear dúvidas ou questionamentos que não possuem uma sólida base, e que em sua maioria estão firmados apenas no surrado "copiar-colar" tão comum nos sites de dissidentes.
Agradeço a compreensão.
Um abraço.
Gilson.
Saudações Cristãs!
Segue a origem adventista do texto e a Revista e página onde foram publicados:
Página 14, Revista Ministry december de 1990, sob o Título Personal postscript, revista oficial de pastores editada pela Conferência Geral.
Em inglês:
"I must admit at the start that in my judgment this is the most serious problem to be faced in connection it Ellen White's Literary dependency. It strikes at the heart of her honesty, her integrity, and therefore her trustworthiness." Fred Veltman.
Em português:
"Devo admitir desde o início que na minha opinião este é o problema mais sério a ser enfrentado no contexto, a dependência literária de Ellen White. Atinge o coração da sua honestidade, sua integridade, e portanto sua confiabilidade". Fred Veltman.
Espero que publique!
Cordialmente,
Alberto.
De lá para cá, muito se aprofundou neste assunto, e creio que o próprio autor do questionamento já deve ter ampliado ainda mais sua compreensão do tema. Isso é normal. Ninguém é dono absoluto da verdade, além do nosso Senhor.
Hoje, já foram publicados muitos livros que esclarecem cabalmente os detalhes da crença dos Adventistas sobre os escritos de Ellen White. O excelente livro do Dr. Herber Douglas foi um marco neste ponto. No site do Centro White também é possível responder a praticamente todos os questionamentos sobre o dom profético de Ellen White.
Eu simplesmente creio... não encontro motivos para duvidar.
Um abraço.
Gilson.
Deus tenha misericórdia de todos...
Um abraço.
Gilson.
Por exemplo:
tem muito ignorante que pega a declaração de Paulo sobre a mulher ficar "calada na Igreja", e quer aplicar isso hoje, indiscriminadamente. Outros ignorantes também se valem das declarações levíticas sobre impureza de fluxo sanguíneo, para proibir as irmãs de participarem no culto no período de suas menstruações.
Como eu disse, são pessoas ignorantes, que "ignoram" o real sentido das declarações.
Na carta que você citou, Ellen White também faz declarações "duras", mas que devem ser analisadas em seu contexto REAL e VERDADEIRO. Por exemplo, quando ela diz que não mais participaria das reuniões da Ass. Geral, e que os homens que lideravam estavam seguindo contrários à ordem divina, isso foi pontual, ou seja, disse respeito APENAS ao grupo que dominava a IASD no início do séc. XX. Porém, como você deve ser um profundo conhecedor da história de nossa Igreja, sabe que logo depois que ela voltou da Austrália, trazendo um novo líder - o Pr. A. G. Daniels, tudo foi reformado e restaurado, e ela passou a depositar INTEGRALMENTE sua confiança na Administração. Uma PROVA CABAL disso é o fato de em seu Testamento ela ter deixado TODO SEU PATRIMÔNIO LITERÁRIO aos cuidados da Assoc. Geral. O que ela combatia (a centralização do poder em Battle Creek) foi resolvido com a criação das Divisões Mundiais, e a sábia e consagrada liderança do Pr. A.G. Daniels.
Portanto, caro Diego, não devemos jamais isolar as declarações de seus contextos, com o objetivo de criticarmos, menosprezarmos ou caluniarmos nossos líderes e irmãos.
Mas isso eu sei que você já sabia, não é?
Um abraço.
Gilson.
Ellen White NÃO praticou plágio, porque ela NÃO copiou livro de ninguém.
Assim como o próprio apóstolo Paulo fazia com os escritos filosóficos de sua época, o que Ellen White fez foi citar um ou outro pensamento de alguma fonte a qual ela tinha acesso.
Mas dizer que seus livros são "mera cópia" de outros, desculpe-me a sinceridade, mas é uma tremenda falácia.
Na minha opinião, só existe um argumento para aqueles que defendem os escritos de Ellen White como sendo inspirados por Deus (como é o meu caso): LER CADA UM DELES.
Questionar ou criticar sem ler é muito fácil.
Um abraço.
Gilson.
Nesta página, acima, Francisco Azevedo citou uma frase de Fred Veltman. Essa frase tem sido citada inúmeras vezes por Ennis Meier. Recentemente, Ennis mencionou também a explicação dada por você a Francisco.
Contudo, Ennis jamais cita o contexto dessa frase.
A frase de Veltman é o início de uma resposta a uma pergunta específica, que diz o seguinte: "How do you harmonize Ellen White's use of sources with her statements to the contrary? Do you think the introductory statement to The Great Controversy constitutes an adequate admission of literary dependence?"
Pouco depois da frase citada por Francisco e Ennis, Veltman diz: "But it seems to me that the statement from The Great Controversy does provide a hint as to where the answer will be found. [...]
"Ellen White may have viewed literary dependency as primarily indicating authority and applying to wholesale quotations rather than to paraphrasing.
If my guess is correct, answering the question would demand that we carefully study her responses on the topic of literary dependency in their historical context. This approach would include a scrutiny of her comments and those of her contemporaries on the subject of inspiration. [...] Ellen White's denials and/or nonadmissions may have meant something other to her than what they mean to us today."
Ennis a frases isolada e se esquece das conclusões. Veltman concluiu claramente que Ellen White não foi plagiadora e que continuou a crer na inspiração profética dela: "my belief in her inspiration is not seriously compromised. After all, we don't have all the answers to questions on the text of Scripture. [...] I have no problem with inspired writers using sources. [...]
"I find that MY RESPECT FOR AND APPRECIATION OF ELLEN WHITE AND HER MINISTRY HAVE GROWN. I covet for her supporters and critics alike the opportunity to read her writings in their original context. [...]
"I FIND COMPELLING REASONS FOR VIEWING HER AS A NINETEENTH-CENTURY PROPHETIC VOICE in her ministry to the Adventist Church and to the larger society as well."
Os críticos se esquecem de que plágio é algo mais complexo que dependência literária, e a pesquisa de Veltman tratou da segunda. Na mesma entrevista, ele disse: "The investigation did not treat the issue of plagiarism. While we cannot settle that issue here, nor do I wish to minimize its importance, my personal opinion is that SHE WAS NOT GUILTY OF THIS PRACTICE. We did find verbatim quotes from authors who were not given credit. But the question of plagiarism is much more complicated than simply establishing that one writer used the work of another without giving credit."
Notemos a conclusão de Veltman: "Ela não foi culpada dessa prática [plágio]."
É evidente que os críticos de Ellen White não usam de maneira legítima os escritos dela e nem sequer as supostas fontes para as críticas.
Um abraço.
Gilson.
Em vez de "Ennis a frases isolada e se esquece das conclusões", leia "Ennis cita a frase isolada e se esquece das conclusões."
Mas ela afirma q a inspiração é divina!!!!
É substancialmente desnecessário e até mesmo incoerente citar obras humanas mescladas com inspiração celestial.
Os dois não se misturam, o conhecimento humano é falho, e muda constantemente.
Pergunte ao pastor de sua igreja, e ele saberá te mostrar... se é que ele estudou para isso.
Um abraço.
Gilson.
Entretanto, sugiro que você não feche o coração para um possível preconceito, especialmente com relação a algum assunto que você não queira "largar" (um pecado acariciado, por exemplo), pois a Bíblia é clara em dizer o que acontece com quem despreza as orientações dos profetas do Senhor, como o é Ellen White, segundo o que creio.
Um abraço
Gilson.
Romanos: 5. 13. Porque antes de ser promulgada a Lei, o pecado já estava no mundo; todavia, o pecado não é levado em conta quando não existe a lei. - Bíblia KJA Offline
Uma pessoa só pode ser condenada por alguma "coisa" caso haja uma "lei" que criminalize a ação praticadapir este, antes de afirmar que EGW plagiou obras de outros escritores a pessoa deve primeiro ter conhecimento da lei americana que criminaliza o uso indevido de obras de outros escritores, ter conhecimento da data que esta lei entrou em vigência e a aí depois se manifestar sobre o tema com o devido conhecimento de causa.
Romanos: 5. 13. Porque antes de ser promulgada a Lei, o pecado já estava no mundo; todavia, o pecado não é levado em conta quando não existe a lei. - Bíblia KJA Offline
Uma pessoa só pode ser condenada por alguma "coisa" caso haja uma "lei" que criminalize a ação praticadapir este, antes de afirmar que EGW plagiou obras de outros escritores a pessoa deve primeiro ter conhecimento da lei americana que criminaliza o uso indevido de obras de outros escritores, ter conhecimento da data que esta lei entrou em vigência e a aí depois se manifestar sobre o tema com o devido conhecimento de causa.