Durante o debate da Lição da Escola Sabatina deste último sábado (02/abril), uma pergunta despertou muitos comentários na Classe de Jovens de uma igreja local, onde tive o prazer de participar com alguns velhos amigos.
A Lição do trimestre está tratando do livro de Mateus, e a do último sábado abordou o começo daquele Evangelho, especialmente a genealogia que Mateus utiliza para descrever como Jesus nasceu da linhagem de Davi.
A pergunta emblemática foi na lição da Terça-feira (29/março):
"Se Deus nos aceita, apesar de nossas falhas e faltas, como podemos aprender a fazer o mesmo com os outros, apesar das faltas e falhas deles?"
Um dos presentes contou seu testemunho de quando esteve afastado da Igreja por 5 anos, e mesmo neste período continuou tentando contribuir para a Obra do Senhor com os talentos e dons que possuía na área musical, ajudando nos ensaios de um dos grupos de louvor da sua igreja local (na cidade de Natal/RN).
Ele mencionou o quanto alguns "irmãos" tentavam a todo custo afastá-lo totalmente dos trabalhos da igreja, exigindo que ele não fizesse parte em qualquer tipo de trabalho que pudesse envolver o grupo musical, mesmo que apenas nos "bastidores". Aquelas pessoas chegaram, inclusive, a "fazer a cabeça" do pastor distrital, recentemente chegado, o qual "determinou" o imediato afastamento do nosso jovem de qualquer atividade na condução do conjunto. Segundo o testemunho que ele deu para nós durante a Lição, esta conversa com o pastor não durou mais do que 5 minutos (incluindo uma oração), e no decorrer dos 4 anos que aquele distrital permaneceu à frente das igrejas da região, em NENHUM momento ele procurou o rapaz, mesmo que praticamente toda sua família ainda continuasse fazendo parte da igreja. Foi uma "ex-ovelha" totalmente olvidada e abandonada pelo seu "pastor".
Apesar de todo este descaso e total falta de interesse em resgatar alguém que um dia já havia dedicado tanto à Igreja, Deus não abandonou aquele jovem, e o Espírito continuou trabalhando em seu coração.
Com a entrada de outro pastor distrital as coisas mudaram de rumo, pois este pastor fez um propósito com Deus de resgatar a ovelha que há tantos anos estava fora do rebanho de Cristo.
Resultado?
Ele voltou, retomou seu ministério à frente da música, e muitos corações foram tocados e outros jovens resgatados como fruto deste bonito trabalho... Testemunhado por mim durante os últimos anos. Uma grande vitória recentemente também foi alcançada, pois o patriarca da família, que por muitos anos relutou em aceitar o Evangelho, hoje é diácono naquela igreja, feliz por ver sua esposa e filhos ajudando na Obra, cantando, pregando, ensinando na ES, e trazendo mais vida a uma congregação que já passou por muitos atropelos e desfalques em suas fileiras.
Como temos tratado as ex-ovelhas do rebanho do Senhor?
Acredito que todos aqueles que já têm algum tempo de Igreja podem se lembrar de muitos antigos companheiros de jornada que hoje não estão mais tão frequentes aos cultos. Não cabe aqui analisar os motivos que os fizeram desistir da Igreja, ou mesmo de Jesus. Só sei que temos falhado em algum ponto, como "igreja" (congregação de candidatos ao Céu), pois tem sido muito frequente este aparente "desprezo" ou "negligência apática" para com algumas pessoas que um dia já chamamos de "irmãos".
Olhamos para os erros, pecados e falhas que eles cometeram e os rotulamos de IMUNDOS. A partir de então, nos incomodamos com suas presenças em nossos cultos, santas-ceias, evangelismos, pequenos grupos. Devido ao tempo e à nova realidade de vida, muitos já trazem os sinais da apostasia, seja no vestuário, uso de joias, linguagem, etc., e isso incomoda aos "santos" de plantão.
Aos poucos, deixam de serem lembradas para o encontro da "turma" no sábado à noite... seus aniversários não são mais lembrados... ninguém liga... ninguém envia um whatsapp ou sms... os "irmãos" acabam por provar que nunca foram "amigos" (cf. Prov. 18:24). Sozinhas, muitas vezes depois de terem perdido os "amigos" de antes de aceitarem o Evangelho, estas ex-ovelhas sentem-se abandonadas pela Igreja, depois de terem dedicado seus melhores anos e sua juventude à Obra do Senhor... Agora, não passam de "apostatados"...
Mas, apesar do que possam ter cometido, continuam sendo preciosos aos olhos do Senhor, redimidos pelo sangue de Jesus, e a necessidade que sentem em manter um vínculo com a Igreja, mesmo que palidamente, demonstra, ao meu ver, que o Espírito Santo não os abandonou... Quem é a Igreja, então, para os abandonar??!!!
Já contei aqui sobre o caso de um ex-pastor, que hoje vive como "zumbi", abandonado por ex-colegas, ex-"irmãos", mas que ainda arde em seu coração a chama do amor pela Obra, pela Igreja Adventista e sua mensagem.
Como visto na Lição do Trimestre passado (que costumamos esquecer depois de algum tempo), a neura de Laodicéia é exatamente achar que NÃO PRECISA DE NADA, está RICA e ABASTADA... Salva!
Mas a mensagem que o Senhor lhes dá é aterrorizante:
ESTOU A PONTO DE VOMITAR-TE.
E quem é Laodicéia?
...
"Os seres humanos são propriedade de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão vinculados a Ele pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos por isso exercer em nosso relacionamento! O homem não tem o direito de suspeitar mal de seu semelhante. Os membros da igreja não têm o direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram falhas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a eles, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal" (Testemunhos para a Igreja, vol. 7, p. 260 - citado no Manual, ed. 2010, p. 58).
Veja também:
- Retornar é muito difícil
- Líderes Abandonados
- Como Resgatar Ex-Adventistas
A Lição do trimestre está tratando do livro de Mateus, e a do último sábado abordou o começo daquele Evangelho, especialmente a genealogia que Mateus utiliza para descrever como Jesus nasceu da linhagem de Davi.
A pergunta emblemática foi na lição da Terça-feira (29/março):
"Se Deus nos aceita, apesar de nossas falhas e faltas, como podemos aprender a fazer o mesmo com os outros, apesar das faltas e falhas deles?"
Um dos presentes contou seu testemunho de quando esteve afastado da Igreja por 5 anos, e mesmo neste período continuou tentando contribuir para a Obra do Senhor com os talentos e dons que possuía na área musical, ajudando nos ensaios de um dos grupos de louvor da sua igreja local (na cidade de Natal/RN).
Ele mencionou o quanto alguns "irmãos" tentavam a todo custo afastá-lo totalmente dos trabalhos da igreja, exigindo que ele não fizesse parte em qualquer tipo de trabalho que pudesse envolver o grupo musical, mesmo que apenas nos "bastidores". Aquelas pessoas chegaram, inclusive, a "fazer a cabeça" do pastor distrital, recentemente chegado, o qual "determinou" o imediato afastamento do nosso jovem de qualquer atividade na condução do conjunto. Segundo o testemunho que ele deu para nós durante a Lição, esta conversa com o pastor não durou mais do que 5 minutos (incluindo uma oração), e no decorrer dos 4 anos que aquele distrital permaneceu à frente das igrejas da região, em NENHUM momento ele procurou o rapaz, mesmo que praticamente toda sua família ainda continuasse fazendo parte da igreja. Foi uma "ex-ovelha" totalmente olvidada e abandonada pelo seu "pastor".
Apesar de todo este descaso e total falta de interesse em resgatar alguém que um dia já havia dedicado tanto à Igreja, Deus não abandonou aquele jovem, e o Espírito continuou trabalhando em seu coração.
Com a entrada de outro pastor distrital as coisas mudaram de rumo, pois este pastor fez um propósito com Deus de resgatar a ovelha que há tantos anos estava fora do rebanho de Cristo.
Resultado?
Ele voltou, retomou seu ministério à frente da música, e muitos corações foram tocados e outros jovens resgatados como fruto deste bonito trabalho... Testemunhado por mim durante os últimos anos. Uma grande vitória recentemente também foi alcançada, pois o patriarca da família, que por muitos anos relutou em aceitar o Evangelho, hoje é diácono naquela igreja, feliz por ver sua esposa e filhos ajudando na Obra, cantando, pregando, ensinando na ES, e trazendo mais vida a uma congregação que já passou por muitos atropelos e desfalques em suas fileiras.
Como temos tratado as ex-ovelhas do rebanho do Senhor?
Acredito que todos aqueles que já têm algum tempo de Igreja podem se lembrar de muitos antigos companheiros de jornada que hoje não estão mais tão frequentes aos cultos. Não cabe aqui analisar os motivos que os fizeram desistir da Igreja, ou mesmo de Jesus. Só sei que temos falhado em algum ponto, como "igreja" (congregação de candidatos ao Céu), pois tem sido muito frequente este aparente "desprezo" ou "negligência apática" para com algumas pessoas que um dia já chamamos de "irmãos".
Olhamos para os erros, pecados e falhas que eles cometeram e os rotulamos de IMUNDOS. A partir de então, nos incomodamos com suas presenças em nossos cultos, santas-ceias, evangelismos, pequenos grupos. Devido ao tempo e à nova realidade de vida, muitos já trazem os sinais da apostasia, seja no vestuário, uso de joias, linguagem, etc., e isso incomoda aos "santos" de plantão.
Aos poucos, deixam de serem lembradas para o encontro da "turma" no sábado à noite... seus aniversários não são mais lembrados... ninguém liga... ninguém envia um whatsapp ou sms... os "irmãos" acabam por provar que nunca foram "amigos" (cf. Prov. 18:24). Sozinhas, muitas vezes depois de terem perdido os "amigos" de antes de aceitarem o Evangelho, estas ex-ovelhas sentem-se abandonadas pela Igreja, depois de terem dedicado seus melhores anos e sua juventude à Obra do Senhor... Agora, não passam de "apostatados"...
Mas, apesar do que possam ter cometido, continuam sendo preciosos aos olhos do Senhor, redimidos pelo sangue de Jesus, e a necessidade que sentem em manter um vínculo com a Igreja, mesmo que palidamente, demonstra, ao meu ver, que o Espírito Santo não os abandonou... Quem é a Igreja, então, para os abandonar??!!!
Já contei aqui sobre o caso de um ex-pastor, que hoje vive como "zumbi", abandonado por ex-colegas, ex-"irmãos", mas que ainda arde em seu coração a chama do amor pela Obra, pela Igreja Adventista e sua mensagem.
Como visto na Lição do Trimestre passado (que costumamos esquecer depois de algum tempo), a neura de Laodicéia é exatamente achar que NÃO PRECISA DE NADA, está RICA e ABASTADA... Salva!
Mas a mensagem que o Senhor lhes dá é aterrorizante:
ESTOU A PONTO DE VOMITAR-TE.
E quem é Laodicéia?
...
"Os seres humanos são propriedade de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão vinculados a Ele pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos por isso exercer em nosso relacionamento! O homem não tem o direito de suspeitar mal de seu semelhante. Os membros da igreja não têm o direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram falhas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a eles, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal" (Testemunhos para a Igreja, vol. 7, p. 260 - citado no Manual, ed. 2010, p. 58).
Veja também:
- Retornar é muito difícil
- Líderes Abandonados
- Como Resgatar Ex-Adventistas
Comentários
,cometeu esse erro que nao foi falado qual foi ,estava consciente das consequencias do seu erro , entaõ nao podemos simplesmente ignorar os fatos e fazer de contas que nao aconteceu nada.E muito simples se assim o fosse , o que seria da igreja como instituicao ? certamente iria ficar uma grande confuzao. nao estava la,e nao sei o que aconteceu mas para ser despedido da obra coisa boa e que nao foi porque voce mesmo sabe que para um pastor ser dispensado e uma raridade.Ninguem o esta julgando,Deus perdoa mas as consequencias dos nossos atos nao tem como escapar.Deus tenha misericordia de nos,Ele e a nossa unica chance,mas que as consequencias ficam pelo resto de nossos dias certamente que sim.O que Ele tem que fazer e se levantar, ,aceitar os fatos, assumir seus erros,modificar suas atitudes e seguir em frente,nao adianta nada ficar remoendo o passado,e pondo a culpa nos outros por problemas que ele arrumou, a vida continua e para pregar o evangelho nao precisa de ser pastor.estaremos orando pa.ra que ele se levante e siga em frente .Ja ia me esquecendo,gosto muito de seu posicionamento,mas nesse caso especifico ,nao posso concordar .abraco fraterNAL
Você tem toda razão.
Mas, o que abordei não foi a saída do nosso "irmão" do ministério. Não cabe a mim nem a ninguém ficar analisando "porquês".
A questão é: os ex-colegas e ex-"irmãos" daquele homem fizeram (ou estão fazendo) o papel cristão de resgatar a ovelha que se perdeu?
Eis a questão.
Um abraço
Gilson.
É verdade. Em todas as denominações cristãos há situações parecidas com as que foram aqui apresentadas.
Mas graças a Deus que nem tudo está perdido, e sempre existirão os "Barnabés" para darem uma segunda chance aos que vacilam em sua fé.
Que sejamos sempre um destes a erguer o caído, e nunca a apedrejar o derrotado.
Um abraço
Gilson.
Sou uma dissidente da igreja e um dia quis visitar a igreja,e qual não foi minha surpresa....olhares de reprovação e descaso.Voltei pra casa e nunca mais voltei.Graças a Deus que Jesus Cristo não me vê assim,e a ele que rogo todos os dias a sua misericórdia,pois ele que me perdoa e me ama verdadeiramente.
Sei perfeitamente o que você sentiu.
Mas, quando passei por situações semelhantes, lembrei que a igreja é uma comunidade de pessoas doentes, falhas, pecaminosas... e cheia de joio.
Não abandone a fé por causa de seres humanos falhos como eu e você. Olhe para Jesus, e somente nEle busque forças para vencer os olhares demoníacos dos que se dizem "irmãos", e continue de mãos dadas com Aquele que morreu por você na cruz do Calvário. Ele te ama, e quer te ver de volta ao rebanho... Nós dois sabemos como é difícil permanecer firme longe da igreja, pois lá também há pessoas sinceras e consagradas, que oram por aqueles que estão juntos na caminhada rumo ao Céu.
Procure outra congregação Adventista, mas não demore a voltar... os acontecimentos do mundo mostram que Jesus está vindo.
Que o Senhor te abençoe e te guarde.
Um abraço
Gilson.
É preciso olhar para os "irmãos" com os olhos de alguém que os ama, e deseja vê-los no Céu, independente de quem sejam ou do que tenham feito.
Aprendi isso com Jesus.
Um abraço
Gilson.