Já sei que alguns vão achar meio "herético" o título que dei para esta postagem, porque este é o verso de um rock nacional que fez muito sucesso nos anos 80 e 90.
Mas ela transmite uma verdade, e isso é o que importa...
Certa vez eu estava lendo a revista Adventist World, e confesso que fico cada vez mais impressionado com a maravilhosa obra que muitos irmãos e irmãs Adventistas voluntários realizam ao redor do mundo. Se você não tem sua assinatura da Revista Adventista, não sabe o bem que está perdendo, pois são testemunhos, notícias e estudos fantásticos que chegam até nossos lares mensalmente!
A revista que citei trouxe algumas matérias de missionários Adventistas (voluntários ou não) que estão ganhando muitas almas para Jesus, fazendo o que Ele nos ensinou a fazer: SEMEAR O AMOR.
Mas, o tema da postagem de hoje não é sobre o trabalho missionário mundial da Igreja Adventista do 7º Dia... hoje não!
Quero aproveitar um trecho de um dos artigos da revista que li na ocasião, o qual foi escrito pelo Pr. Reinder Bruinsma, diretor de Comunicação da União Holandesa. Em seu artigo (leia aqui na íntegra), o pastor fala sobre a impressão que ele tinha da pessoa de Paulo, o apóstolo, e de como esta impressão mudou quando ele estudou mais detidamente o final da epístola ao Romanos.
Ao final do artigo, o Pr. Bruinsma faz a seguinte declaração (ou seria um desabafo?!):
"(...) Se não vejo o rosto humano por trás dos problemas [administrativos enfrentados na rotina diária do trabalho da Igreja], estou em grande falta, pois valorizo mais os regulamentos do que as pessoas. Se o que eu ou qualquer outro líder da igreja fizer não tiver uma face humana, é melhor deixar de fazer".
E ele continua...
"Se quisermos trabalhar para a igreja, em qualquer nível, como obreiro assalariado ou como voluntário, devemos amar as pessoas. É significativo que a carta aos romanos não termina com altas declarações doutrinárias e teológicas, mas com alusão a pessoas - indivíduos com nome e rosto".
"Hoje, ao discutirmos teologia, doutrina, problemas sociais e morais; ao criarmos regulamentos, ou seja lá o que for, toda a perspectiva mudará se permitirmos que essas questões assumam um rosto humano".
Confesso que me emocionei ao ler tão bela declaração, saída do coração de um homem que dedicou sua vida à Igreja de Deus e, talvez, em sua jornada já tenha cometido o erro de não olhar para o ser humano por trás de algum problema administrativo. E fiquei mais satisfeito ainda em saber que este "novo" enfoque que o Pr. Bruinsma deu para sua atuação "profissional" veio da contemplação da Palavra de Deus - a Fonte primária e única de todo regulamento, doutrina e prática eclesiástica.... pelo menos, assim deveria ser!
Estes dias estive conversando com um amigo da época da faculdade de Teologia, e ficamos lembrando de alguns colegas que hoje não atuam mais no ministério... alguns, por falhas pessoais que os impediram de continuar; outros, porque se depararam com "chefes" despóticos e pouco cristãos; outros mais porque não receberam o apoio necessário quando precisaram de um ombro amigo...
Ai eu me pego refletindo:
- Quantos dos que já passaram pelos bancos das congregações ASD saíram machucados (e ainda não sentem o desejo de retornar), porque não foram tratados com compaixão e misericórdia depois que erraram?!
- Quantos jovens não desanimam anualmente, e apostatam da fé, porque não são entendidos nem amados pelos que se acham mais "santos" e "consagrados" do que eles?!
- Quantos evangelistas já não se sentiram menosprezados e humilhados, porque não receberam a compreensão da liderança quando os resultados numéricos de batismo não foram os esperados?!
- Quantos ex-pastores e ex-obreiros (e suas respectivas famílias) hoje vivem uma vida de amargura e frustração, porque foram "descartados" depois de cometerem alguma falta, sendo tratados com todo o "cálice da ira" da Organização?!
- Quantos dos pastores e líderes esqueceram dos exemplos deixados por Jesus, e tratam seus subordinados como "escória", produzindo em seus corações uma compreensível revolta pela administração eclesiástica?! Os sites de críticos estão ai para confirmaram esta dura certeza!
- Quantos dos que hoje atacam a Igreja tão ferozmente, não iniciaram este espírito de rebeldia após sentirem "na pele" a arrogância e anti-cristianismo de algum administrador, departamental ou distrital?!
- Quantos daqueles que sentam ao seu lado no culto, a cada manhã de sábado, já decidiram que não mais voltarão, porque simplesmente ninguém perceberá sua ausência?! Talvez o sábado passado tenha sido o último deles na sua igreja!
Já pensou nisso?????
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...".
Esta frase pode até ter sido cantada em shows regados a drogas e sexo... mas exprime uma verdade universal, e deve ser colocada em uma moldura dourada para "ornamentar" a parede de cada lar, escritório, igreja ou sala de aula, na minha modesta opinião.
Da próxima vez que você (administrador, pastor, professor, ancião, diácono, líder, membro...) for tentado a agir seguindo as "normas e regulamentos" da praxe, faça o que o Pr. Bruinsma foi levado pelo Espírito Santo a nos ensinar: AME AS PESSOAS.
Isso não quer dizer que os regulamentos devam ser descartados... mas eu e você nos sentiremos muito melhor sabendo que não deixamos de olhar o "rosto" por trás do "problema".
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" - João 13:35.
É fácil guardar o sábado, não matar, não adulterar, não roubar, deixar de comer isso ou aquilo, devolver dízimo e doar ofertas, ser um bom marido e uma boa esposa...
mas AMAR de verdade... é outra história!
Mas ela transmite uma verdade, e isso é o que importa...
Certa vez eu estava lendo a revista Adventist World, e confesso que fico cada vez mais impressionado com a maravilhosa obra que muitos irmãos e irmãs Adventistas voluntários realizam ao redor do mundo. Se você não tem sua assinatura da Revista Adventista, não sabe o bem que está perdendo, pois são testemunhos, notícias e estudos fantásticos que chegam até nossos lares mensalmente!
A revista que citei trouxe algumas matérias de missionários Adventistas (voluntários ou não) que estão ganhando muitas almas para Jesus, fazendo o que Ele nos ensinou a fazer: SEMEAR O AMOR.
Mas, o tema da postagem de hoje não é sobre o trabalho missionário mundial da Igreja Adventista do 7º Dia... hoje não!
Quero aproveitar um trecho de um dos artigos da revista que li na ocasião, o qual foi escrito pelo Pr. Reinder Bruinsma, diretor de Comunicação da União Holandesa. Em seu artigo (leia aqui na íntegra), o pastor fala sobre a impressão que ele tinha da pessoa de Paulo, o apóstolo, e de como esta impressão mudou quando ele estudou mais detidamente o final da epístola ao Romanos.
Ao final do artigo, o Pr. Bruinsma faz a seguinte declaração (ou seria um desabafo?!):
"(...) Se não vejo o rosto humano por trás dos problemas [administrativos enfrentados na rotina diária do trabalho da Igreja], estou em grande falta, pois valorizo mais os regulamentos do que as pessoas. Se o que eu ou qualquer outro líder da igreja fizer não tiver uma face humana, é melhor deixar de fazer".
E ele continua...
"Se quisermos trabalhar para a igreja, em qualquer nível, como obreiro assalariado ou como voluntário, devemos amar as pessoas. É significativo que a carta aos romanos não termina com altas declarações doutrinárias e teológicas, mas com alusão a pessoas - indivíduos com nome e rosto".
"Hoje, ao discutirmos teologia, doutrina, problemas sociais e morais; ao criarmos regulamentos, ou seja lá o que for, toda a perspectiva mudará se permitirmos que essas questões assumam um rosto humano".
Confesso que me emocionei ao ler tão bela declaração, saída do coração de um homem que dedicou sua vida à Igreja de Deus e, talvez, em sua jornada já tenha cometido o erro de não olhar para o ser humano por trás de algum problema administrativo. E fiquei mais satisfeito ainda em saber que este "novo" enfoque que o Pr. Bruinsma deu para sua atuação "profissional" veio da contemplação da Palavra de Deus - a Fonte primária e única de todo regulamento, doutrina e prática eclesiástica.... pelo menos, assim deveria ser!
Estes dias estive conversando com um amigo da época da faculdade de Teologia, e ficamos lembrando de alguns colegas que hoje não atuam mais no ministério... alguns, por falhas pessoais que os impediram de continuar; outros, porque se depararam com "chefes" despóticos e pouco cristãos; outros mais porque não receberam o apoio necessário quando precisaram de um ombro amigo...
Ai eu me pego refletindo:
- Quantos dos que já passaram pelos bancos das congregações ASD saíram machucados (e ainda não sentem o desejo de retornar), porque não foram tratados com compaixão e misericórdia depois que erraram?!
- Quantos jovens não desanimam anualmente, e apostatam da fé, porque não são entendidos nem amados pelos que se acham mais "santos" e "consagrados" do que eles?!
- Quantos evangelistas já não se sentiram menosprezados e humilhados, porque não receberam a compreensão da liderança quando os resultados numéricos de batismo não foram os esperados?!
- Quantos ex-pastores e ex-obreiros (e suas respectivas famílias) hoje vivem uma vida de amargura e frustração, porque foram "descartados" depois de cometerem alguma falta, sendo tratados com todo o "cálice da ira" da Organização?!
- Quantos dos pastores e líderes esqueceram dos exemplos deixados por Jesus, e tratam seus subordinados como "escória", produzindo em seus corações uma compreensível revolta pela administração eclesiástica?! Os sites de críticos estão ai para confirmaram esta dura certeza!
- Quantos dos que hoje atacam a Igreja tão ferozmente, não iniciaram este espírito de rebeldia após sentirem "na pele" a arrogância e anti-cristianismo de algum administrador, departamental ou distrital?!
- Quantos daqueles que sentam ao seu lado no culto, a cada manhã de sábado, já decidiram que não mais voltarão, porque simplesmente ninguém perceberá sua ausência?! Talvez o sábado passado tenha sido o último deles na sua igreja!
Já pensou nisso?????
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...".
Esta frase pode até ter sido cantada em shows regados a drogas e sexo... mas exprime uma verdade universal, e deve ser colocada em uma moldura dourada para "ornamentar" a parede de cada lar, escritório, igreja ou sala de aula, na minha modesta opinião.
Da próxima vez que você (administrador, pastor, professor, ancião, diácono, líder, membro...) for tentado a agir seguindo as "normas e regulamentos" da praxe, faça o que o Pr. Bruinsma foi levado pelo Espírito Santo a nos ensinar: AME AS PESSOAS.
Isso não quer dizer que os regulamentos devam ser descartados... mas eu e você nos sentiremos muito melhor sabendo que não deixamos de olhar o "rosto" por trás do "problema".
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" - João 13:35.
É fácil guardar o sábado, não matar, não adulterar, não roubar, deixar de comer isso ou aquilo, devolver dízimo e doar ofertas, ser um bom marido e uma boa esposa...
mas AMAR de verdade... é outra história!
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Comentários
Deixo aqui um pouco do meu apoio.
Devemos sim, nos preocupar com as pessoas em vez de regras.
Que Deus lhe abençõe irmão.
Assim como vc, hoje só olho para meu Amigo Maior, pois sei que dEle jamais receberei ingratidão, injustiça ou decepção.
Um abraço.
Mas eu aprendi uma coisa: por mais ingrata e injusta que seja a igreja, ela ainda é a menina dos olhos de Deus, e um dia Ele saberá colocar no seu devido lugar todos estes que estão trazendo escândalo e apostasia sobre ela.
Não desista!
Um abraço.
Gilson.
Na pregação do Evangelho não é diferente. Devemos, sim, termos alvos a serem alcançados, como forma de mensurarmos os esforços que estão sendo feitos. O problema é quando os alvos se tornam obsessivos.
Quanto à sua experiência com a senhora que convidou-lhe para ser batizada, não posso dar minha opinião por não conhecer os detalhes, só sei que o Espírito Santo é quem nos dirige e talvez Ele tenha oferecido a você uma oportunidade naquele momento... só a Eternidade dirá!
Um abraço.
Gilson.
Resolvei trazer este assunto de novo à tona, depois de conversar com uma amigo que passa por esta situação agora, e ver que pouca coisa tem mudado ao longos dos anos... Afinal, somos humanos, e como humanos, somos pecadores.
A igreja é um grande hospital, já disse alguém... por isso devemos estar atentos à necessidade de todos, esperando que alguém também esteja preocupado com a nossa própria necessidade.
A Eternidade nos revelará muita coisa, e uma delas será a enormidade do amor de Deus por nós e por aqueles que, de alguma forma, tenhamos desprezado ao longo da jornada.
Um abraço
Gilson.
É uma pena que este tipo de coisa seja tão comum ainda hoje... mas... Deus está no comando, e quando for a hora certa, Ele endireitará o que precisa ser endireitado.
Continuemos orando para que não nos falte a sabedoria de olhar para as pessoas com o mesmo olhar de graça e amor com que Jesus tem para conosco.
Um abraço
Gilson.