Atendendo ao pedido de um amigo, estou colocando hoje um resumo sobre o estudo referente ao DOM DE LÍNGUAS.
Uma análise mais aprofundada sobre a "evidência" do batismo com o Espírito Santo deixa claro que não há UM SINAL específico, único, que simbolize tal batismo.
O grande e verdadeiro SINAL é a vida transformada (cf. Gál. 5:22-23).
Relatos de recebimento do Espírito Santo, sem a menção de que falaram em línguas
Há 9 passagens no livro de Atos que tratam sobre pessoas “cheias” do Espírito Santo, mas nenhuma delas fala do dom de línguas:
4:8 - Pedro perante o Sinédrio
4:31 - Igreja em oração pela libertação de Pedro
6:3 - Escolha dos diáconos
6:5 - Descrição de Estêvão
7:55 - Estêvão perante os líderes judaicos
9:17 - Imposição de mãos sobre Paulo
11:24- Descrição de Barnabé
13.9 - Paulo perante Elimas
13:52- Relato sobre os discípulos
O sinal do batismo no Espírito Santo
No Novo Testamento, a evidência do recebimento do Espírito não reside no fenômeno exterior, passível de enganosa imitação, mas na conversão do homem a Jesus Cristo, com seus respectivos frutos (Gálatas 5:22-26).
Quando ocorreu o dom de línguas no NT ele era como um sinal dentre outros. Este dom não veio como consequência de uma busca determinada, mas como surpresa (Atos 10:45). O dom não era esperado, exigido nem procurado, como fazem os pentecostais hoje.
Nosso máximo exemplo – Jesus – em nenhum momento do Seu ministério falou em “línguas estranhas” para provar que era cheio do Espírito.
O verdadeiro “sinal” da plenitude do Espírito na vida do crente é:
Atos 2:42-47; 4:32-37 - Desprendimento, amor, comunhão, zelo pela obra do Senhor.
Romanos 5:5-6 - Amor a Deus e a Seus filhos
1João 5:2-3 - Obediência
O DOM DE LÍNGUAS E SUA NATUREZA - NA BÍBLIA
ATOS 2
O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, e não antes, porque o ministério do Espírito não havia ainda sido iniciado (João 7:39; Atos 2:33). O ministério do Espírito só iniciou após a glorificação de Jesus como Vencedor sobre a morte.
Pedro estava naquela ocasião em um momento especial para a disseminação do Evangelho. Estavam em Jerusalém milhares de judeus vindos de diversas partes do mundo (v. 5), e aquela seria a ocasião propicia para falar de Jesus para eles. Mas como isso ocorreria, uma vez que eles falavam diferentes idiomas (vv. 6-11)?
Deus, então, dotou o apóstolo da capacidade sobrenatural de pregar o evangelho de uma maneira que todos os diferentes grupos linguísticos compreendessem e pudessem aceitar a mensagem. E foi o que aconteceu.
Pedro pregou e cada pessoa ali presente o ouviu falar em sua própria língua, ou seja, o dom concedido em Atos 2 não foi uma “língua estranha” ou “língua dos anjos”, incompreensível. Mas foi, sim, a capacidade de falar no idioma da pessoa que estava necessitando da mensagem de salvação. E qual foi o resultado? Veja no verso 41.
ATOS 10
Deus já havia concedido a Pedro uma revelação sobre o preconceito religioso que ainda estava presente no coração dos judeus, inclusive dele próprio (Atos 10:9-16, 28).
Após receber a visita de pessoas enviadas por Cornélio, Pedro vai ter com ele, porém leva “alguns irmãos”, para servirem de testemunha da conversão do militar gentio (v. 23).
Ao chegarem lá, Pedro compreende o significado da visão sobre o lençol, pois ele percebeu que a mensagem do evangelho deveria alcançar todas as pessoas, de todas as nações, independentemente de raças (vv. 28 e 34).
Após Pedro pregar sobre Jesus e confirmar a conversão do centurião, o Espírito desce sobre os que ouviam o apóstolo, deixando os discípulos judeus “admirados” (v. 44-45), pois viam Cornélio e outros falando em línguas, “engrandecendo a Deus” (v. 46). Imediatamente eles reconheceram que ali estavam pessoas fieis a Deus, e concluíram a festa com o batismo de Cornélio nas águas.
O dom de línguas aqui serviu para quebrar o preconceito que os judeus tinham sobre a aceitação de gentios no Reino de Deus. Tanto é assim, que a Igreja da Judeia ficou querendo mais informações sobre o ocorrido (Atos 11:1-18), e Pedro teve a oportunidade de testemunhar do que ele havia visto com seus próprios olhos.
Como militar romano, Cornélio também poderia usar o dom de falar em outros idiomas para difundir a mensagem do evangelho em suas viagens pelo Império.
ATOS 19
Paulo faz um breve questionamento aos discípulos que encontrou em Éfeso, e percebe que eles receberam um batismo “pobre”, pois não possuíam nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo (Atos 19:1-3).
Paulo os orienta, acrescentando o ensino verdadeiro sobre a salvação em Jesus Cristo, e eles recebem o batismo no Espírito Santo, com a manifestação do dom de falar em línguas (v. 6).
Assim como no caso de Cornélio, o dom serviu para ajudar aqueles discípulos a pregarem o Evangelho naquela cidade, conhecida pela importância do seu porto, e pela grande passagem de pessoas de todas as regiões, e de outras nações também.
“Foram então batizados em nome de Jesus; e impondo-lhes Paulo as mãos, receberam também o batismo no Espírito Santo que os capacitou a falar as línguas de outras nações, e a profetizarem”. - Atos dos Apóstolos, p. 283.
1 CORÍNTIOS 14
Em Coríntios, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que precisava ser orientado.
O que é um dom espiritual? - Capacitação natural, dada por Deus aos salvos, para um objetivo útil da Igreja.
O que é um talento? - Capacitação natural, recebida por herança ou adquirida por treinamento, podendo ser usado dentro ou fora da Igreja.
Os dons SEMPRE são concedidos pelo Espírito com um fim “proveitoso” para a Igreja (1Co 12:7; 1Co 14:12, 19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INSTRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (Efésios 4:11-13).
No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que possa ser COMPREENDIDO (1Co 14:6-11). Para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam compreensíveis. Isso deixa totalmente de fora as "línguas estranhas" que vemos nos movimentos pentecostais e carismáticos da atualidade.
Como é dito que, embora o que fala em línguas não seja entendido por ninguém, mas é dito que o que fala em outra língua se edifica a si mesmo, e que só pode haver edificação se houver entendimento, conclui-se que o que fala em línguas, fala uma língua estrangeira, porque os que falam as “línguas estranhas” atuais dizem sempre que não sabem o que estão falando. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), e portanto entende o que fala, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro.
O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava havendo de errado era a desordem com que acontecia o dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a organização do dom (vv. 26-33, 39-40).
Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Neste caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em desarmonia com o que Paulo afirma no verso 22.
Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o culto à deusa Cibele, que era realizado em Corinto, e que era caracterizado por grandes demonstrações de êxtase e transes.
Alguns dizem que o dom de línguas visto hoje no meio pentecostal é algo "divino", uma "língua de anjos", e por isso ninguém entende. Mas, pergunto: em qual momento da Bíblia os anjos se apresentaram com estas "línguas estranhas"? Em nenhum! Sempre que eles entraram em contato com o ser humano, falaram a língua do ser humano... Ou seja, esse negócio de "língua dos anjos" foi outro argumento furado que criaram para justificar os sons eufóricos e até neuróticos vistos em muitas manifestações atuais.
ESTUDO DO TERMO GREGO USADO PARA “LÍNGUAS”
O estudo de uma palavra no seu original bíblico pode nos ajudar a esclarecer algumas dúvidas.
A palavra grega utilizada para “línguas” é GLOSSA (de onde vem glossário, glossolalia, etc.). Em inúmeras passagens do Novo Testamento, esta palavra (ou suas variações) SEMPRE está vinculada ao idioma falado pelas pessoas e nações.
Vejamos alguns dos versículos onde esta palavra ocorre:
Lucas 1:64; Atos 10:46; 1Ped. 3:10; Atos 2:26; Atos 19:6; Apoc. 13:7;
Rom. 14:11; Rom. 3:13; Apoc. 14:6; 16:10; Filip. 2:11; 1Cor. 12:10, 28, 30; 1Jo 3:18; Tiago 3:5-6; 1Cor. 13:1; Marcos 7:33, 35; Atos 2:3-4; 1Cor. 14:5-6; 1Cor. 14:9; 1Cor. 13:8; 14:18, 23, 39; Apoc. 5:9; 1Cor. 14:22; Apoc. 10:11; Apoc. 7:9; 11:9; Apoc. 17:15; Lucas 16:24; Atos 2:4, 11; Marcos 16:17; 1Cor. 14:2, 4, 13-14, 19, 26-27; Tiago 1:26; 3:8.
Observe, especialmente, os que estão em destaque.
Não restam dúvidas, CONFORME O TEXTO BÍBLICO, de que o dom de línguas é uma manifestação sobrenatural para o crente falar em OUTRO IDIOMA ESTRANGEIRO, diferente do seu, para o qual ele não teve qualquer treinamento, com o ÚNICO objetivo de fazer avançar a pregação do evangelho, levando a Igreja de Deus a ser edificada e reconhecida.
Portanto, o dom bíblico não tem NADA parecido com as manifestações emocionais e confusas que são observadas nas Igrejas Pentecostais de nossos dias.
Para quem deseja se aprofundar no assunto, sugiro a leitura do excelente livro do prof. Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do êxtase, publicado pela editora do UNASP.
Concluindo:
Os Adventistas creem na existência de TODOS os dons espirituais mencionados nas Escrituras, inclusive no de falar em novas línguas, e creem que o Espírito Santo nos dotará deles, na medida em que sua necessidade seja manifesta, e conforme a soberana vontade de Deus.
Veja também:
- Contraste entre o Pentecostalismo e os Pais da Igreja (Revista Kerigma - UNASP)
- O Dom de Línguas em Corinto (Revista Kerigma - UNASP)
Uma análise mais aprofundada sobre a "evidência" do batismo com o Espírito Santo deixa claro que não há UM SINAL específico, único, que simbolize tal batismo.
O grande e verdadeiro SINAL é a vida transformada (cf. Gál. 5:22-23).
Relatos de recebimento do Espírito Santo, sem a menção de que falaram em línguas
Há 9 passagens no livro de Atos que tratam sobre pessoas “cheias” do Espírito Santo, mas nenhuma delas fala do dom de línguas:
4:8 - Pedro perante o Sinédrio
4:31 - Igreja em oração pela libertação de Pedro
6:3 - Escolha dos diáconos
6:5 - Descrição de Estêvão
7:55 - Estêvão perante os líderes judaicos
9:17 - Imposição de mãos sobre Paulo
11:24- Descrição de Barnabé
13.9 - Paulo perante Elimas
13:52- Relato sobre os discípulos
O sinal do batismo no Espírito Santo
No Novo Testamento, a evidência do recebimento do Espírito não reside no fenômeno exterior, passível de enganosa imitação, mas na conversão do homem a Jesus Cristo, com seus respectivos frutos (Gálatas 5:22-26).
Quando ocorreu o dom de línguas no NT ele era como um sinal dentre outros. Este dom não veio como consequência de uma busca determinada, mas como surpresa (Atos 10:45). O dom não era esperado, exigido nem procurado, como fazem os pentecostais hoje.
Nosso máximo exemplo – Jesus – em nenhum momento do Seu ministério falou em “línguas estranhas” para provar que era cheio do Espírito.
O verdadeiro “sinal” da plenitude do Espírito na vida do crente é:
Atos 2:42-47; 4:32-37 - Desprendimento, amor, comunhão, zelo pela obra do Senhor.
Romanos 5:5-6 - Amor a Deus e a Seus filhos
1João 5:2-3 - Obediência
O DOM DE LÍNGUAS E SUA NATUREZA - NA BÍBLIA
ATOS 2
O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes, e não antes, porque o ministério do Espírito não havia ainda sido iniciado (João 7:39; Atos 2:33). O ministério do Espírito só iniciou após a glorificação de Jesus como Vencedor sobre a morte.
Pedro estava naquela ocasião em um momento especial para a disseminação do Evangelho. Estavam em Jerusalém milhares de judeus vindos de diversas partes do mundo (v. 5), e aquela seria a ocasião propicia para falar de Jesus para eles. Mas como isso ocorreria, uma vez que eles falavam diferentes idiomas (vv. 6-11)?
Deus, então, dotou o apóstolo da capacidade sobrenatural de pregar o evangelho de uma maneira que todos os diferentes grupos linguísticos compreendessem e pudessem aceitar a mensagem. E foi o que aconteceu.
Pedro pregou e cada pessoa ali presente o ouviu falar em sua própria língua, ou seja, o dom concedido em Atos 2 não foi uma “língua estranha” ou “língua dos anjos”, incompreensível. Mas foi, sim, a capacidade de falar no idioma da pessoa que estava necessitando da mensagem de salvação. E qual foi o resultado? Veja no verso 41.
ATOS 10
Deus já havia concedido a Pedro uma revelação sobre o preconceito religioso que ainda estava presente no coração dos judeus, inclusive dele próprio (Atos 10:9-16, 28).
Após receber a visita de pessoas enviadas por Cornélio, Pedro vai ter com ele, porém leva “alguns irmãos”, para servirem de testemunha da conversão do militar gentio (v. 23).
Ao chegarem lá, Pedro compreende o significado da visão sobre o lençol, pois ele percebeu que a mensagem do evangelho deveria alcançar todas as pessoas, de todas as nações, independentemente de raças (vv. 28 e 34).
Após Pedro pregar sobre Jesus e confirmar a conversão do centurião, o Espírito desce sobre os que ouviam o apóstolo, deixando os discípulos judeus “admirados” (v. 44-45), pois viam Cornélio e outros falando em línguas, “engrandecendo a Deus” (v. 46). Imediatamente eles reconheceram que ali estavam pessoas fieis a Deus, e concluíram a festa com o batismo de Cornélio nas águas.
O dom de línguas aqui serviu para quebrar o preconceito que os judeus tinham sobre a aceitação de gentios no Reino de Deus. Tanto é assim, que a Igreja da Judeia ficou querendo mais informações sobre o ocorrido (Atos 11:1-18), e Pedro teve a oportunidade de testemunhar do que ele havia visto com seus próprios olhos.
Como militar romano, Cornélio também poderia usar o dom de falar em outros idiomas para difundir a mensagem do evangelho em suas viagens pelo Império.
ATOS 19
Paulo faz um breve questionamento aos discípulos que encontrou em Éfeso, e percebe que eles receberam um batismo “pobre”, pois não possuíam nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo (Atos 19:1-3).
Paulo os orienta, acrescentando o ensino verdadeiro sobre a salvação em Jesus Cristo, e eles recebem o batismo no Espírito Santo, com a manifestação do dom de falar em línguas (v. 6).
Assim como no caso de Cornélio, o dom serviu para ajudar aqueles discípulos a pregarem o Evangelho naquela cidade, conhecida pela importância do seu porto, e pela grande passagem de pessoas de todas as regiões, e de outras nações também.
“Foram então batizados em nome de Jesus; e impondo-lhes Paulo as mãos, receberam também o batismo no Espírito Santo que os capacitou a falar as línguas de outras nações, e a profetizarem”. - Atos dos Apóstolos, p. 283.
1 CORÍNTIOS 14
Em Coríntios, a língua não era “estranha”, mas um dom legítimo que precisava ser orientado.
O que é um dom espiritual? - Capacitação natural, dada por Deus aos salvos, para um objetivo útil da Igreja.
O que é um talento? - Capacitação natural, recebida por herança ou adquirida por treinamento, podendo ser usado dentro ou fora da Igreja.
Os dons SEMPRE são concedidos pelo Espírito com um fim “proveitoso” para a Igreja (1Co 12:7; 1Co 14:12, 19). Portanto, o objetivo principal da concessão do dom é EDIFICAR, INSTRUIR e ORIENTAR a Igreja de Deus (Efésios 4:11-13).
No caso do dom de línguas, a condição para que ele seja útil é que possa ser COMPREENDIDO (1Co 14:6-11). Para a evangelização e edificação é necessário que os “sons” sejam compreensíveis. Isso deixa totalmente de fora as "línguas estranhas" que vemos nos movimentos pentecostais e carismáticos da atualidade.
Como é dito que, embora o que fala em línguas não seja entendido por ninguém, mas é dito que o que fala em outra língua se edifica a si mesmo, e que só pode haver edificação se houver entendimento, conclui-se que o que fala em línguas, fala uma língua estrangeira, porque os que falam as “línguas estranhas” atuais dizem sempre que não sabem o que estão falando. Já que o que fala se edifica (1Co 14:1-4), e portanto entende o que fala, então ele certamente fala em um idioma estrangeiro.
O que ocorre em 1Co 14 é o mesmo dom de Atos 2. O que estava havendo de errado era a desordem com que acontecia o dom, e a irreverência que isto causava ao culto. Por isso Paulo orienta a organização do dom (vv. 26-33, 39-40).
Os pentecostais dizem que o dom de línguas é uma “prova” perante a igreja de que determinado irmão foi “batizado” com o Espírito Santo. Neste caso, o dom seria um sinal para os crentes, o que está totalmente em desarmonia com o que Paulo afirma no verso 22.
Paulo também estava interessado em desvincular o culto cristão com o culto à deusa Cibele, que era realizado em Corinto, e que era caracterizado por grandes demonstrações de êxtase e transes.
Alguns dizem que o dom de línguas visto hoje no meio pentecostal é algo "divino", uma "língua de anjos", e por isso ninguém entende. Mas, pergunto: em qual momento da Bíblia os anjos se apresentaram com estas "línguas estranhas"? Em nenhum! Sempre que eles entraram em contato com o ser humano, falaram a língua do ser humano... Ou seja, esse negócio de "língua dos anjos" foi outro argumento furado que criaram para justificar os sons eufóricos e até neuróticos vistos em muitas manifestações atuais.
ESTUDO DO TERMO GREGO USADO PARA “LÍNGUAS”
O estudo de uma palavra no seu original bíblico pode nos ajudar a esclarecer algumas dúvidas.
A palavra grega utilizada para “línguas” é GLOSSA (de onde vem glossário, glossolalia, etc.). Em inúmeras passagens do Novo Testamento, esta palavra (ou suas variações) SEMPRE está vinculada ao idioma falado pelas pessoas e nações.
Vejamos alguns dos versículos onde esta palavra ocorre:
Lucas 1:64; Atos 10:46; 1Ped. 3:10; Atos 2:26; Atos 19:6; Apoc. 13:7;
Rom. 14:11; Rom. 3:13; Apoc. 14:6; 16:10; Filip. 2:11; 1Cor. 12:10, 28, 30; 1Jo 3:18; Tiago 3:5-6; 1Cor. 13:1; Marcos 7:33, 35; Atos 2:3-4; 1Cor. 14:5-6; 1Cor. 14:9; 1Cor. 13:8; 14:18, 23, 39; Apoc. 5:9; 1Cor. 14:22; Apoc. 10:11; Apoc. 7:9; 11:9; Apoc. 17:15; Lucas 16:24; Atos 2:4, 11; Marcos 16:17; 1Cor. 14:2, 4, 13-14, 19, 26-27; Tiago 1:26; 3:8.
Observe, especialmente, os que estão em destaque.
Não restam dúvidas, CONFORME O TEXTO BÍBLICO, de que o dom de línguas é uma manifestação sobrenatural para o crente falar em OUTRO IDIOMA ESTRANGEIRO, diferente do seu, para o qual ele não teve qualquer treinamento, com o ÚNICO objetivo de fazer avançar a pregação do evangelho, levando a Igreja de Deus a ser edificada e reconhecida.
Portanto, o dom bíblico não tem NADA parecido com as manifestações emocionais e confusas que são observadas nas Igrejas Pentecostais de nossos dias.
Para quem deseja se aprofundar no assunto, sugiro a leitura do excelente livro do prof. Vanderlei Dorneles, Cristãos em busca do êxtase, publicado pela editora do UNASP.
Concluindo:
Os Adventistas creem na existência de TODOS os dons espirituais mencionados nas Escrituras, inclusive no de falar em novas línguas, e creem que o Espírito Santo nos dotará deles, na medida em que sua necessidade seja manifesta, e conforme a soberana vontade de Deus.
Veja também:
- Contraste entre o Pentecostalismo e os Pais da Igreja (Revista Kerigma - UNASP)
- O Dom de Línguas em Corinto (Revista Kerigma - UNASP)
Comentários
1. exibicionismo meramente teatral
2. perturbação mental, em virtude das músicas altas e repetitivas
3. manifestação de algum espírito maligno que tenta enganar as pessoas, pois sabemos que nem toda manifestação "milagrosa" vem de Deus (cf. Mat. 7:21-23).
Sugiro que o senhor leia o livro "Cristãos em busca do êxtase", do prof. Vanderlei Dorneles, no qual ele faz um profundo estudo das manifestações pentecostais, inclusive do dom de línguas.
O sr. pode adquirir o livro facilmente pela internet mesmo, no site da Imprensa Universitária Adventista:
http://www.unaspress.unasp.edu.br/detalhe-produto.asp?id=1,007
Um abraço.
Gilson.
Paulo diz que tem que haver um fim bom e proveitoso, que proveito tem falar em linguas, neste caso estranhas, para um auditório que fala a sua lingua? Que proveito tenho eu em orar em linguas estranhas, se nem sei o que estou falando? E ai vem um ponto que para mim é essencial e que foje mas esta dentro do tema: cuida com musicas!! Existem músicas, sobretudo para crianças que falam um monte de coisas estranhas. Alguém sabe o que é aquilo? Eu não canto esse lixo, eu não falo o que não sei. Dona Xuxa (não gosto nem de escever seu nome) é louca para criar essas músicas. Se o nome dela é homenagem à deuses do candomblé ou sei lá de onde, imagine suas músicas o que não seriam. Você pronuncia palavras que desconhece? Então cuidado. Abraço a todos.
Entendam um pouco do "Pentecoste Metodista":
"No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield e mais quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa de amor [santa ceia] em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste Metodista". - Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento
Só fazendo um paralelo, na época do surgimento da IASD, existia uma denominação chamada Conexão cristã, que era fortemente contra a doutrina da Trindade e a organização da Igreja (diziam que qualquer Igreja que se organizava, era filha da Babilônia). Como muitos adventistas vinham desta denominação, consequentemente, eles eram arianos (não acreditavam na Trindade, como Urias Smith) e eram fortemente contra a organização da Igreja.
Como a IASD estava em seus primórdios e em plena fundamentação doutrinária, muitos dos costumes e doutrinas das antigas denominações frequentadas pelos membros eram assimilados. Todavia, após o amadurecimento da Igreja, Deus foi revelando quais crenças os adventistas deveriam seguir, e quais não poderiam apoiar.
Como Deus não havia concedido nenhuma orientação quanto as manifestações pentecostais, é claro que Ellen não falaria contra algo que desde criança ela acreditava ser um dom concedido por Deus. Após orientação divina, vejam o que ela escreveu:
“Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm uma algaravia sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja por Deus. … A influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o auge do sentimento, essas pessoas imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte” (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 412).
Como vemos, Ellen White, se tinha dúvida anteriormente de ser o dom de línguas bíblico ou não, agora não possui mais!
Devemos sempre lembrar, que o nosso único guia para discernir entre o certo e o errado, é a Bíblia Sagrada e como o professor Gilson sabiamente elucidou, as línguas ESTRANHAS não são um dom dado por Deus.
Mais informações, entrem no site abaixo:
http://musicaeadoracao.com.br/20619/experiencias-carismaticas-na-igreja-adventista-do-setimo-dia-presente-e-futuro/
Fiquem na paz!
Cuidado com o que vc digita na internet.
A impressão que deu quando li o que vc escreveu, é que nós adventistas somos um bando de fanáticos!
Não quero fazer qualquer juízo de valor quanto ao que vc digitou, porém, tome mais cuidado irmão! A forma como vc se comunica com as pessoas, pode fazer com que elas se afastem de Deus e vejam os adventistas com maus olhos. ;-)
Fique na paz!
Eu estou cursando arquitetura. E uma colega da faculdade estava orando junto comigo e disse que teve que se conter pra nãofalar em linguas. É claro que eu sabia que isso faz parte de uma alquimia emocional, ou o engano explicito do nosso inimigo, mas fiquei chocada ao ela me perguntar: Ana, na sua igreja vcs nao falam em linguas?
Ao que respondi que sim, mas de forma diferente do dela. Mas eu nao sabia onde lheprovar na Biblia onde e de que forma acontece o dom, e esse artigo me foi muito util, pois agora tenho esses versos e concerteza vou ler os livros.
Obrigada.
" Aqui esta a paciencia dos santos: os que guardam os mandamentos de Deus e tem a fé em Jesus."
Um abraço.
Gilson.
http://jacymaraferreyra.blogspot.com.br/2010/02/charles-fox-parham-pai-do-erro.html
Abraços
Eu posso discordar de uma doutrina, mas não posso colocar sentimentos carregados de preconceito e antipatias nas minhas palavras e nem sair julgando todo mundo. É o que penso.
Está escrito, I Co. 2.14, Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente. Não se vê unção nas pregações de muitos representantes, é fria e não alcança a alma, mas o intelecto. Não se vê nas multidões de palavras alguém ser batizado no Espírito Santo, ou até mesmo falar em línguas. É interessante acreditar que aquilo falado por outros é emocional e carnal quando aquilo falado por ele mesmo não acontece da parte dele. As coisas espirituais de Deus não são para os sábios, ou entendidos, doutores, são para os que creem o adoram em espírito e em verdade. Na verdade, esse homem assemelha-se a Nicodemos, pois esquece quem inspirou a PALAVRA e concentra-se na literalidade, tal igual não é ainda capaz de entendê-la, porque se não crê nas coisas do Espírito, crerá nas inspiradas por Ele ao homem?
No entanto, conforme a letra,
Está escrito: I Co. 12.2 "Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, SENÃO A DEUS; PORQUE NINGUÉM O ENTENDE, e em espírito fala de mistérios.
Falar em línguas não é um dom, é um sinal, falar outras línguas é um dom e precisa-se de interprete, caro irmão!
Que o Espírito Santo tome sua vida e faça como fez com muitos, inclusive eu...
Toda a honra e toda glória ao Senhor Jesus, o Salvador.
Respeito sua opinião, mas discordo dela por acreditar que não tem base na Bíblia.
Conforme vemos no texto, o "sinal" do batismo com o Espírito nunca foi a capacidade de falar em línguas.
Um abraço
Gilson.