Sente que o Senhor te perdoou?

No estudo da Lição desse último sábado, ao falarmos sobre Hebreus 12 e o Juízo vindouro, alguém lembrou sobre um período que o povo de Deus passará,  pouco antes da volta de Jesus.

Leia esta situação futura, descrita no Espírito de Profecia:

"Logo vi os santos sofrendo grande angústia de espírito. Pareciam cercados pelos ímpios habitantes da Terra. Todas as aparências eram contra eles. Alguns começaram a recear que finalmente Deus os houvesse deixado a perecer nas mãos dos ímpios. (...) Foi uma hora de angústia assustadora, terrível, para os santos. Dia e noite clamavam a Deus, pedindo livramento. Quanto à aparência exterior, não havia possibilidade de escape. Os ímpios já tinham começado a triunfar, clamando: 'Por que vosso Deus não vos livra de nossas mãos? Por que não ascendeis ao Céu, e salvais a vossa vida?' Mas os santos não lhes prestavam atenção. Como Jacó, estavam lutando com Deus. Os anjos ansiavam libertá-los, mas deviam esperar um pouco mais; o povo de Deus devia beber o cálice e ser batizado com o batismo. Os anjos, fieis à sua incumbência, continuavam a vigiar. Deus não consentiria que Seu nome fosse vituperado entre os gentios. Quase chegara o tempo em que Ele deveria manifestar Seu grande poder, e gloriosamente libertar Seus santos. Pela glória de Seu nome, Ele desejava libertar cada um daqueles que O haviam esperado pacientemente, e cujos nomes estavam escritos no livro" - História da Redenção, pág. 407.

Uma experiência escatológica do povo de Deus será aquela conhecida como "angústia de Jacó" (cf. Jer. 30:7). Segundo a Bíblia, este patriarca de Israel, ao decidir retornar para a casa de sua parentela, deparou-se com o Anjo do Senhor, que travou uma luta com ele durante toda a noite.

Mas, qual era, de fato, a "angústia" de Jacó?

O relato bíblico diz que Jacó fugiu da casa de seus pais porque usou de artimanhas para conseguir a bênção da primogenitura, algo que somente o filho mais velho deveria ter o privilégio de receber (cf. Gên 25 em diante).

Como um enganador "nato" (desde o útero...), Jacó enrola o irmão e o próprio pai, saindo vitorioso na trapaça, e recebendo a almejada bênção.

Porém, ao longo de sua vida, esta culpa e remorso parecem persegui-lo.
Quando, vários anos depois, agora já casado e rico, Jacó resolve voltar para a casa de seus pais, o encontro com seu irmão Esaú enche-o de dúvidas e medo.

- Será que meu irmão me perdoou? E meu pai, será que também aceitará me receber?

Dúvidas cruéis... O famigerado: "Será?"

Você já observou como esta pequena expressão nos persegue? Muitos pregadores gostam de usá-la em seus sermões, especialmente naqueles conhecidos como "de chicote". Alguns exemplos:
- Será que Deus está satisfeito com este culto que estamos oferecendo a Ele?
- Será que este culto tão irreverente, com tantas crianças chorando e correndo de um lado para o outro, está mesmo sendo agradável aos olhos do Senhor?
- Será que é certo usar este tipo de instrumento na adoração a Deus?
- Será que você está mesmo sendo fiel nos dízimos e nas ofertas?
- Será que você está educando seu filho da melhor maneira?
- Será que seu casamento ainda tem solução?
- Será que você estaria salvo se Jesus voltasse hoje?
- Será que Deus já perdoou seu passado negro e obscuro?

Será? Será? Será? Será?

Já percebeu como muitos de nós vivem em função do "será?" ?

- Será que meus colegas da nova escola vão me aceitar?
- Será que não vão me chamar de "velha" ou de "beata" se eu deixar de usar maquiagem?
- Será que os irmãos da igreja vão perceber que este meu relógio, na verdade, é uma pulseira "disfarçada"?
- Será que meu namorado vai continuar gostando de mim se eu disser "não" a ele?
- Será que ela(e) não vai querer me trair se eu disser que prefiro deixar o sexo para depois do casamento?
- Será que eu não estou muito gorda(o)?
- Será que eu não estou muito magro(a)?
- Será que não seria melhor eu ir trabalhar neste sábado, somente neste, para não perder meu emprego?
- Será que eu vou encontrar algum rapaz Adventista que seja sincero, consagrado, romântico? Será que não seria melhor eu começar a namorar com o X? Ele não tem a mesma fé que eu tenho, mas será que eu não consigo convertê-lo?
- Acho que o melhor é eu deixar de ir à igreja. Tem muita gente falsa lá. Será que eu não posso continuar sendo fiel a Deus apenas em casa?


Será? Será? Será? Será?

É impressionante como esta palavrinha é usada para nos deixar em "dúvida" sobre algum ponto. Ela nos deixa apreensivos e inseguros.

Mas, vamos retornar à "angústia de Jacó" nos últimos dias...

Uma das últimas tentativas do inimigo de nossas almas será (aqui apenas para exprimir o futuro do verbo... rsrs) nos colocar em dúvidas sobre a nossa salvação. Enquanto o mundo todo estiver unido para exterminar o povo que guarda os mandamentos de Deus (cf. Apoc. 14:12; 12:17), a dúvida estará colocada: "Será que Deus realmente me perdoou? Será que eu não serei destruído pela fúria satânica? Será que não seria melhor desistir e me colocar do lado "mais forte"?

Isso mesmo! Satanás tentará nos deixar inseguros sobre nossa condição justificada diante de Deus. A maioria de nós será levada a exercitar seus mais angustiantes limites mentais e espirituais.

Somente se estivermos, DESDE JÁ, seguros de nossa condição de justiça diante do Trono de Deus, é que conseguiremos resistir à pressão que está à nossa frente.

Jesus é nosso Advogado, Sumo-Sacerdote... e Juiz. Ou seja, NÃO HÁ O QUE TEMER, se nos colocarmos inteiramente em Suas mãos, e confirmarmos em Sua misericórdia e em Sua justiça redentora.

Os "Jacós" de hoje, assim como o Jacó do passado, não precisam temer, pois seu perdão e sua salvação já estão garantidos!

"Se, porém, seus olhos se pudessem abrir, ver-se-iam rodeados dos anjos de Deus. Veio em seguida a multidão dos ímpios, cheios de ira, e, atrás, uma multidão de anjos maus, compelindo os primeiros a matar os santos. Antes que pudessem, porém, aproximar-se do povo de Deus, os ímpios deveriam passar primeiro por essa multidão de anjos poderosos e santos. Isso seria impossível. Os anjos de Deus os estavam fazendo recuar, e também fazendo com que os anjos maus que os cercavam de todos os lados caíssem para trás" - História da Redenção, pág. 407.

A justiça divina se consumou na Cruz do Calvário... Para o pecador arrependido, só restou a GRAÇA LIBERTADORA.
 

Aleluia

Clique aqui e veja o que já escrevi no blog sobre este tão importante tema da salvação.



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