É curioso como temos uma tendência muito maior de dar valor às pessoas em nossa vida, apenas depois que elas já se foram.
Há alguns meses escrevi aqui sobre o receio que tenho em perder meus pais, especialmente ao ver que o tempo está passando e a saúde deles está cada vez mais debilitada.
No último dia de finados, observei nos noticiários que está diminuindo o fluxo de pessoas que vão aos cemitérios para "homenagear" os seus queridos que já se foram. Em um país cristão como o Brasil, a cultura da vida após a morte é muito forte na mente das pessoas, e tanto católicos quanto a maioria dos evangélicos, os espíritas, os que seguem religiões de matriz africana, os de filosofia oriental, etc... de modo geral, todos creem em algum tipo de "vida" que continua após a morte, e isso leva às pessoas a usarem o 02 de novembro para lembrarem daqueles que não estão mais fisicamente em suas vidas.
Como crente na mensagem Adventista, não creio que exista uma vida imediatamente após a morte. Vejo que a Bíblia fala de um "sono", e que o "Céu" só será realidade aos salvos por ocasião da volta de Jesus... e muito menos acredito na mentira absurda do inferno de fogo eterno. Misericórdia!!!!
Continuando, no último dia 02/novembro, um comentário me chamou a atenção... foi uma adolescente que queria ir ao cemitério para visitar sua avó materna, junto com sua mãe, que sempre ficava muito triste por falar daquela que falecera a alguns anos.
Ocorre que a avó paterna desta jovem está ainda viva, e no momento se encontra impossibilitada de sair de casa por questões de saúde... Porém, apesar de fazer um bom tempo que não visita esta avó, seu desejo era prestar algum tipo de homenagem àquela que está descansando o sono da morte.
Percebe a situação?!
Como digo no início do post, temos uma tendência a só valorizar a pessoa depois que não temos mais ela ao nosso lado... isso vale para casais, pais, filhos, amigos, parentes e até irmãos de igreja... quando sentimos que a pessoa não vai mais retornar ao final do dia, e que JAMAIS poderemos abraçá-la novamente, ai é que a saudade doi no peito... ou seria apenas REMORSO?!
Na Igreja também cuidamos mal dos nossos idosos
Vemos muitos irmãos e irmãs idosas que vão aos cultos semanalmente mas que não tomam parte ativa no Evangelismo ou na adoração. Alguns costumam dizer que trabalhar na igreja é coisa "para jovem", e preferem ficar sentados, atuando apenas como espectadores. É claro que em toda congregação existem aqueles irmãos de mais idade que dão um "banho" em muito jovenzinho. Mas, no geral, percebemos uma grande quantidade de membros da terceira idade que pouco conversam, não se sociabilizam, não interagem, muitas vezes porque os programas não são feitos de modo a se adaptarem à sua realidade de vida, seja do ponto de vista físico, mental ou mesmo espiritual.
Já ouvi muito líder jovem dizer que na Igreja "jovem é dos 8 aos 80 anos"... Mas na hora de abrirem inscrição para alguns Camporis, por exemplo, fixa-se um limite máximo de 35 anos para os participantes... e os "jovens de 80", onde ficam?!
O idoso tem expectativas e anseios que são diferentes daqueles que estão entrando na adolescência, por exemplo. É por isso que é tão importante entender sua maneira de ver a vida, seus temores, suas frustrações, seus traumas, etc., para podermos contribuir para que o convívio social dos nossos idosos seja o mais proveitoso possível... tanto para eles quanto para os mais jovens, que terão o privilégio de conviverem com pessoas que são um tesouro em sabedoria e conhecimento prático da vida, tão necessários na orientação dos que estão ingressando na fase adulta da vida.
Uma das seções que mais gostava de ver na querida Revista Adventista (se você não fez ainda a assinatura, não sabe o quanto está perdendo!) é aquela que fala sobre as "bodas". Há um tempo atrás fiquei com lágrimas nos olhos ao ver o relato das BODAS DE BRILHANTE (75 anos! Ufa!) de um casal de irmãos (Antônio e Antônia) lá de Campos dos Goytacazes, RJ.
Que bênção! Chegar tão longe na vida... e juntos!
Temos muito que aprender com nossos idosos, especialmente os da nossa família... e precisamos aproveitar enquanto eles estão aqui, vivos...
Quando eles se forem, restarão apenas as lembranças, a saudade... e o remorso... pelos momentos não aproveitados.
Há alguns meses escrevi aqui sobre o receio que tenho em perder meus pais, especialmente ao ver que o tempo está passando e a saúde deles está cada vez mais debilitada.
No último dia de finados, observei nos noticiários que está diminuindo o fluxo de pessoas que vão aos cemitérios para "homenagear" os seus queridos que já se foram. Em um país cristão como o Brasil, a cultura da vida após a morte é muito forte na mente das pessoas, e tanto católicos quanto a maioria dos evangélicos, os espíritas, os que seguem religiões de matriz africana, os de filosofia oriental, etc... de modo geral, todos creem em algum tipo de "vida" que continua após a morte, e isso leva às pessoas a usarem o 02 de novembro para lembrarem daqueles que não estão mais fisicamente em suas vidas.
Como crente na mensagem Adventista, não creio que exista uma vida imediatamente após a morte. Vejo que a Bíblia fala de um "sono", e que o "Céu" só será realidade aos salvos por ocasião da volta de Jesus... e muito menos acredito na mentira absurda do inferno de fogo eterno. Misericórdia!!!!
Continuando, no último dia 02/novembro, um comentário me chamou a atenção... foi uma adolescente que queria ir ao cemitério para visitar sua avó materna, junto com sua mãe, que sempre ficava muito triste por falar daquela que falecera a alguns anos.
Ocorre que a avó paterna desta jovem está ainda viva, e no momento se encontra impossibilitada de sair de casa por questões de saúde... Porém, apesar de fazer um bom tempo que não visita esta avó, seu desejo era prestar algum tipo de homenagem àquela que está descansando o sono da morte.
Percebe a situação?!
Como digo no início do post, temos uma tendência a só valorizar a pessoa depois que não temos mais ela ao nosso lado... isso vale para casais, pais, filhos, amigos, parentes e até irmãos de igreja... quando sentimos que a pessoa não vai mais retornar ao final do dia, e que JAMAIS poderemos abraçá-la novamente, ai é que a saudade doi no peito... ou seria apenas REMORSO?!
Na Igreja também cuidamos mal dos nossos idosos
Vemos muitos irmãos e irmãs idosas que vão aos cultos semanalmente mas que não tomam parte ativa no Evangelismo ou na adoração. Alguns costumam dizer que trabalhar na igreja é coisa "para jovem", e preferem ficar sentados, atuando apenas como espectadores. É claro que em toda congregação existem aqueles irmãos de mais idade que dão um "banho" em muito jovenzinho. Mas, no geral, percebemos uma grande quantidade de membros da terceira idade que pouco conversam, não se sociabilizam, não interagem, muitas vezes porque os programas não são feitos de modo a se adaptarem à sua realidade de vida, seja do ponto de vista físico, mental ou mesmo espiritual.
Já ouvi muito líder jovem dizer que na Igreja "jovem é dos 8 aos 80 anos"... Mas na hora de abrirem inscrição para alguns Camporis, por exemplo, fixa-se um limite máximo de 35 anos para os participantes... e os "jovens de 80", onde ficam?!
O idoso tem expectativas e anseios que são diferentes daqueles que estão entrando na adolescência, por exemplo. É por isso que é tão importante entender sua maneira de ver a vida, seus temores, suas frustrações, seus traumas, etc., para podermos contribuir para que o convívio social dos nossos idosos seja o mais proveitoso possível... tanto para eles quanto para os mais jovens, que terão o privilégio de conviverem com pessoas que são um tesouro em sabedoria e conhecimento prático da vida, tão necessários na orientação dos que estão ingressando na fase adulta da vida.
Uma das seções que mais gostava de ver na querida Revista Adventista (se você não fez ainda a assinatura, não sabe o quanto está perdendo!) é aquela que fala sobre as "bodas". Há um tempo atrás fiquei com lágrimas nos olhos ao ver o relato das BODAS DE BRILHANTE (75 anos! Ufa!) de um casal de irmãos (Antônio e Antônia) lá de Campos dos Goytacazes, RJ.
Que bênção! Chegar tão longe na vida... e juntos!
Temos muito que aprender com nossos idosos, especialmente os da nossa família... e precisamos aproveitar enquanto eles estão aqui, vivos...
Quando eles se forem, restarão apenas as lembranças, a saudade... e o remorso... pelos momentos não aproveitados.
"Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze sua mãe quando ela envelhecer" - Prov. 23:22
"Os filhos dos filhos são uma coroa para os idosos, e os pais são o orgulho dos seus filhos" - Prov. 17:6
"Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" - Efés. 6:2-3.
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Um abraço
Gilson