A Bíblia e o trabalho/emprego


Se tem um assunto que toma conta dos noticiários é o alto índice de desempregados ou subempregados no Brasil atualmente, principalmente neste período pós-pandemia.

Eu já escrevi aqui algumas vezes que acredito que a melhor alternativa para o cristão que guarda o sábado é se capacitar para ser um empreendedor ou um servidor público, pois o mercado de trabalho ficará cada vez mais afunilado para aqueles empregados que desejam ser fiéis ao 4º Mandamento do Senhor (cf. Êxo. 20:8-11).

Mas, como sei que nem todo mundo tem a "veia" empreendedora ou para estudar para concursos, encontrei um texto bem bacana sobre alguns princípios bíblicos que podem nortear a vida patrão-empregado, e vice-versa.

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Muitas pessoas tendem a separar a vida secular da vida da igreja, agindo como se fossem coisas completamente distintas. O culto familiar, os cultos de adoração na igreja são momentos de refrigério espiritual, enquanto que Deus não tem nada a ver com as contas que pagamos, o salário que ganhamos, o trabalho que desempenhamos ou o tratamento que damos para nossos colegas de trabalho. Tanto que muitos nem mesmo sabem qual é a nossa religião.

Os empregados devem trabalhar como se Deus fosse o seu chefe. Antes de prestar contas ao chefe do seu departamento, ou até mesmo gerir a sua própria empresa, o cristão deve entender que Deus é o que concede vigor, inteligência e recursos para qualquer pessoa desempenhar suas funções no trabalho. A Bíblia diz em Efésios 6:7-8: “Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”.

Os empregados devem ser pessoas de confiança. A Bíblia diz em Provérbios 25:13: “Como o frescor de neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam, porque refrigera o espírito dos seus senhores”. Um empregado de confiança mostra a seu chefe que ele “veste a camisa” da empresa, e está preocupado não somente com o seu salário no fim do mês, mas com o crescimento da empresa onde trabalha, e com as realizações que sua empresa pode alcançar; ou seja, algo maior do que ele mesmo.

Logo, os cristãos devem ser conhecidos como os empregados que sempre dão o seu melhor no trabalho. Paulo disse ao pastor Tito: “Exorta os servos a que sejam submissos a seus senhores em tudo, sendo-lhes agradáveis, não os contradizendo nem defraudando, antes mostrando perfeita lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus nosso Salvador” (Tito 2:9-10).

Será que uma boa atitude no trabalho tem importância? A Bíblia diz em Colossenses 3:23: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens”. O fato é que esse tipo de atitude tem importância para Deus, e pode abrir caminho para o crescimento pessoal e profissional. Além disso, o próprio empregado pode galgar promoções coerentes com o seu esforço, mas isso seria um bônus.

Deus observa com atenção os chefes que exploram os seus trabalhadores. A injustiça social no trabalho é um assunto muito abordado na Bíblia, sendo até mesmo chamada de derramamento de sangue (Habacuque 2:9, 12). Dentre vários textos bíblicos, Tiago, no capítulo 5, verso 4 de seu livro, alerta: “Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos”. Um dos grandes motivos pelo qual o povo de Judá foi deportado de sua terra para a Babilônia foi a injustiça social, o trabalho mal pago. Isso vai ser o motivo da perdição de muita gente no dia do juízo final, pois essas pessoas julgaram suas riquezas mais importante do que as pessoas sobre as quais elas tinham responsabilidade.

O homem que não trabalha para sustentar a sua família, nega a sua fé em Deus. A Bíblia diz em 1 Timóteo 5:8: “Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo”.

O apóstolo Paulo diz em 2 Tessalonicenses 3:11 e 10 que “ouvimos que alguns andam também dentre vós desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs”. Para essas pessoas, o conselho de Paulo é claro: “… Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma”. Esse conselho é relativo àqueles que querem se aproveitar do trabalho dos outros, em vez de buscar crescer e ganhar o próprio dinheiro.

O quarto mandamento fala que todo trabalho secular deve ser interrompido no sábado. O sábado “é o dia do Senhor. Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem o forasteiro que está das tuas portas para dentro”… (Êxodo 20:10). Hoje, maioria das empresas não utiliza força animal, mas utiliza maquinário mecânico e eletrônico. O maquinário deve ser consagrado ao senhor. A não ser que exerça funções vitais, todo maquinário de chão de fábrica, bem como o material do escritório deve ser mantido em repouso a fim de que Deus seja glorificado. Por quê? Porque tudo isso é operado e mantido por pessoas feitas à imagem de Deus, que devem guardar esse mandamento de concentrar toda a sua atenção em glorificar e se relacionar com o Criador nesse dia especial.


Que possamos trabalhar com senso de justiça e serviço para não apenas obter dinheiro, mas oferecer serviços, bens e recursos que engrandeçam nossas empresas, funcionários, chefes e clientes.

Fonte: Bíblia.com.br

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Em resumo... seja um excelente cristão... em qualquer lugar... em qualquer profissão.

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