As decisões mais importantes da vida


Não sei se são "as mais" importantes... mas, realmente, as 3 decisões listadas a seguir pelo prof. Adolfo Suárez são extremamente decisivas para nossa vida.

Três decisões importantes

A nossa vida seria muito mais fácil se tivéssemos apenas decisões lógicas para serem tomadas. A vida seria mais fácil, mas também creio que seria muito sem graça. Todavia, como a vida humana é imprevisível, devemos aprender a tomar decisões estratégicas. Como sugere Sérgio Zaccarelli em seu livro Estratégia e Sucesso nas Empresas, a racionalidade da imprevisibilidade só pode ser enfrentada pelas decisões estratégicas. Isso vale para as empresas e para as pessoas.

Sem sombra de dúvida, tomar boas decisões, saber escolher bem, talvez seja nossa maior liberdade e nossa maior fonte de força. Entretanto, decidir é também uma grande responsabilidade. Afinal, para os seres humanos, decidir implica em vontade, enquanto que os animais simplesmente escolhem por instintos. De fato, os animais não têm escolha; eles seguem um script gravado no código genético. Nós precisamos escolher. Quem simplesmente se prende às circunstâncias, quem simplesmente não usa sua capacidade de decisão, está apenas sobrevivendo. Em vez de viver, está apenas existindo.

Na vida pessoal, quais seriam as decisões mais importantes? Esta é uma pergunta essencial e complexa, pois exige uma resposta bastante subjetiva. Na tentativa de encontrar uma resposta a essa pergunta, pensando e lendo aqui e acolá, eu selecionei algumas decisões ou escolhas que acredito serem fundamentais para uma vida de sucesso. Quero partilhar minha lista de apenas três itens.

1. Escolher nosso caráter

Ter um bom caráter certamente é uma boa escolha, pois nosso caráter é nossa marca que nos acompanha todos os dias de nossa vida. Ter um bom caráter faz toda a diferença.

O escritor Stephen Kanitz, conta o caso de um amigo de infância, o Zeca, que se casou com a garota mais linda de sua turma. Ela tinha uma irmã mais nova e mais bonita, de 16 anos. Após dois anos de casado, o Zeca acabou tendo um caso com a linda cunhada e foi prontamente descoberto pela esposa. Ele se desculpou dizendo: “Não sei o que passou pela minha cabeça, ela simplesmente se entregou”.

O professor Kanitz diz que muitos anos depois, cada vez que encontravam o Zeca, ele e os amigos tentavam disfarçar o sorriso malicioso. E mesmo depois de mais de vinte anos, toda vez que o encontra, Kanitz confessa que a primeira imagem que vem à sua mente é: “Lá vem o Zeca, aquele que teve um caso com a cunhada”.

O escritor reflete que ações que mancham nosso caráter nos marcam para o resto da vida. Por isso, transgredir a moral e a ética pode ser mais desastroso do que transgredir as leis do país. Ações que mancharam nosso caráter serão pagas inclusive pelos nossos filhos e netos. Eles terão que explicar as bobagens e erros que nós cometemos.

Ter um bom caráter talvez não nos garanta um lugar de destaque na empresa onde trabalhamos. Mas tenho absoluta convicção de que ter um bom caráter nos garantirá um sono tranquilo, uma consciência em paz e uma completa paz de espírito.


Blanchard afirma que “as circunstâncias nunca formam o caráter; elas meramente o revelam”. O pregador D. L. Moody costumava dizer que “caráter é o que o homem é no escuro”. Thomas Chalmers diz que “o caráter com que descemos à sepultura, quando morremos, é o mesmo caráter com que reapareceremos na ressurreição”.
Por sua vez, a Bíblia diz, no Salmo 1:3, que as pessoas de bom caráter “são como árvores que crescem na beira de um riacho. Tudo o que elas fazem prospera”. O que esse Salmo quer dizer é que Deus abençoa àquele que cultiva um bom caráter. Você quer ser uma pessoa abençoada por Deus? Quer receber as graças de Deus? Quer prosperar em seu trabalho? Quer prosperar em sua família? A receita é muito simples: preocupe-se em cultivar um bom caráter, e deixe o resto por conta de Deus. No tempo certo e da maneira certa, Ele vai recompensar o seu bom caráter.

2. Escolher a maneira como tratamos as pessoas

Podemos humilhar as pessoas, ou podemos valorizá-las. Podemos ser egocêntricos e egoístas, ou podemos ser prestativos e solidários. Podemos olhar as pessoas com desdém e arrogância, ou podemos olhá-las com respeito e amizade. Podemos nos vingar de uma ofensa, ou podemos perdoar. Podemos retribuir à altura o sorriso irônico, ou podemos sorrir com ingenuidade.

O fato é que nós decidimos a maneira como queremos tratar as pessoas.

Um certo beduíno estava dentro de sua tenda ao sol da Palestina, quando entrou correndo um garoto adolescente que se refugiou atrás dele, chorando e grunhindo. Logo em seguida, chegou uma turba alvoroçada, empunhando pedaços de pau e facas. Abriram a portinhola da tenda e disseram ao beduíno:

– Dá-nos este garoto porque ele é assassino.

O beduíno respondeu:

– Mas há uma lei entre nós que diz que, quando um assassino se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe dá abrigo, ele está absolvido. Eu me compadeci deste garoto, quero perdoar-lhe.

E o garoto tremia… Mas eles disseram:

– Você lhe quer perdoar porque não sabe o que ele fez e nem quem ele matou.

O beduíno falou:

– Não importa; eu quero perdoá-lo.

Os homens então afirmaram:

– Ele matou seu filho. Vá ver o corpo sangrando na areia ali fora.

O beduíno caiu num profundo silêncio e angústia; depois enxugando as lágrimas, disse:

– Então eu vou criá-lo como se fosse o meu filho, a quem ele matou.

Nós decidimos a maneira como queremos tratar as pessoas. Temos o direito de ficar irados, bravos, indignados, mas não temos o direito de ferir e magoar as pessoas simplesmente porque estamos irados. Como pessoas maduras, não podemos simplesmente viver de reações: “Se alguém me faz mal, eu faço o dobro”. Não! Somos gente, gente inteligente. Tratar bem as pessoas certamente é uma decisão importante.

Ao lidar com as pessoas, podemos adotar uma das seguintes regras:

Regra de ferro: “Farei aos outros o dobro do mal que me fizerem”. Gente insensata e desequilibrada age assim. Mas você – leitor, leitora – não é insensato e nem desequilibrado. Então, descartemos esta regra.

Regra de prata: “Não farei aos outros o mal que me fizerem. Mas também não lhes farei nenhum bem”. Esta é uma atitude meramente interesseira, egoísta, pragmática. Também não serve para gente inteligente e sábia.

Regra de Ouro: Conforme Mateus 7:12: “Farei aos outros o bem que gostaria que eles me fizessem”. Esta é a regra mais completa sobre como tratar as pessoas.

3. Escolher Deus

Alguém pode pensar que Deus é útil para os fracos e tolos, e, assim como Sigmund Freud, pode pensar que a religião é uma fuga da realidade, ou que a religião é desnecessária para pessoas mentalmente sadias, pois é uma neurose obsessiva e universal da humanidade. Todos têm o direito de pensar assim.

Entretanto, podemos pensar que a religião é a tentativa de conceber o universo inteiro como humanamente significativo, e que por isso a religião e o reconhecimento da existência de Deus são fundamentais para uma vida significativa. A religião e a religiosidade estão na substância da cultura e das pessoas. Podemos mudar o nome de Deus ou até fugir dEle, mas Ele está sempre lá. Podemos até rejeitar a Deus, mas Ele está lá, e é por isso que pode ser rejeitado. Ninguém rejeita aquilo que não existe.

Quando o assunto é Deus, normalmente nós temos seis alternativas:

- Ignorar que Ele existe.
- Não compreende-Lo.
- Evita-Lo.
- Combate-Lo.
- Adia-lo.
- Desejamos conhecê-Lo e viver à luz da Sua vontade.

Qual é sua postura? 
Eu espero que você deseje conhecê-lo diariamente e que viva à luz da Sua vontade.

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Cultivar um bom caráter, tratar bem as pessoas e relacionar-se diariamente com Deus: escolhas de pessoas inteligentes como você!

Fonte: Notícias Adventistas


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